5 Fevereiro 2010

No seguimento do Fórum Europeu das Mulheres: Pequim +15, que decorre em Cádis, nos dias 4 e 5 de Fevereiro, a Amnistia Internacional apela à União Europeia (UE) para que contribua para a redução da mortalidade materna. Na carta dirigida à Presidência espanhola da União Europeia, a organização incita a UE a apostar no desenvolvimento dos Direitos da Mulheres, em particular os direitos sexuais e reprodutivos.
“A mortalidade materna é um problema de saúde que pode ser tratado e prevenido. A União Europeia tem afirmado repetidamente que tem como objectivo o acesso democrático à saúde sexual e reprodutiva, entre outros Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, ainda assim gostaria de convidá-los a corresponder as suas palavras a acções mais concretas”, afirmou Nicolas Beger, Director do Departamento da Amnistia Internacional para a União Europeia.

 

O relatório da Amnistia Internacional publicado a semana passada (Giving life, risking death – Maternal mortality in Burkina Faso), mostra que mais de 2.000 mulheres morrem anualmente de complicações da gravidez e do parto no Burquina Faso. Violações dos Direitos Humanos, tais como o casamento precoce, mutilação genital feminina, violência sexual e a falta de acesso à informação sobre saúde sexual e reprodutiva são também causas subjacentes. 

A Amnistia Internacional apela à União Europeia para que continue a apoiar o país nos seus esforços para aumentar o acesso a cuidados de saúde sexual e reprodutiva. Durante o trabalho de desenvolvimento a UE deve dar prioridade às regiões mais pobres, com os maiores índices de mortalidade. No entanto, o impacto político é igualmente importante, uma vez que pressiona o Governo do país a tomar medidas concretas como o reforço da lei de 1996, que proíbe a mutilação genital feminina, a divulgação de informações e o desenvolvimento do acesso a instalações de cuidados de saúde.

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