29 Abril 2015

A Amnistia Internacional tem a partir desta quarta-feira, 29 de abril, uma equipa de observadores em Baltimore, para monitorizar a conduta da polícia e dos protestos que se seguiram à morte de Freddie Gray quando este se encontrava sob custódia policial.

A missão tem enfoque particular na monitorização do cumprimento e respeito pelos direitos humanos no policiamento dos protestos que ocorrem naquela cidade norte-americana.

“Instamos a polícia em Baltimore a agir com contenção e a garantir que os manifestantes pacíficos se conseguem reunir e que os órgãos de comunicação social fazem o seu trabalho sem interferências indevidas”, frisa o diretor-executivo da Amnistia Internacional Estados Unidos, Steven W. Hawkins. “Encarar os manifestantes de uma forma que é bem mais apropriada ao campo de batalha pode colocar as forças de segurança no estado de espírito de que o confronto e o conflito são inevitáveis, em vez de possíveis”, alerta ainda.

Steven W. Hawkins explica que “a delegação de observadores independentes de direitos humanos [da AI EUA] tentará assegurar que a polícia protege o direito dos cidadãos a manifestação pacífica, e que apenas o mínimo de força necessária será usada em caso de eclodir violência”. “O recurso à força excessiva, como o gás lacrimogéneo, não deve ocorrer para cercear os direitos de uma maioria não violenta quando pretendam suprimir as ações de alguns”, prossegue o perito da organização de direitos humanos.

Na véspera, 28 de abril, a Amnistia Internacional EUA enviou uma carta ao Departamento de Polícia de Baltimore, onde são expressas preocupações sobre a morte de Freddie Gray e o uso de gás lacrimogéneo pelas forças de segurança contra manifestantes que, nas ruas, exigiam a responsabilização por aquela morte.

O desenvolvimento desta missão de observação da Amnistia Internacional em Baltimore pode ser acompanhado através do Twitter de Steven W. Hawkins.

 

Artigos Relacionados