9 Janeiro 2017

A Amnistia Internacional expressa forte pesar pela morte de Mário Soares, prisioneiro de consciência da organização de direitos humanos e “prisioneiro do ano” em 1968.

“Fui um dos beneficiários dessa organização (…) que me declarou ‘preso do ano’”, frisa Mário Soares no livro “Elogio da Política”, recordando ter sido declarado “prisioneiro do ano” pela Amnistia Internacional (AI). Relatório da organização de direitos humanos, em 1968, destacava que “o mais famoso exemplo deste tipo de atuação da PIDE [prisões sem culpa formada e medidas de segurança adicionais às penas] é o caso do conhecido advogado e social-democrata opositor de Salazar, Dr. Mário Soares”.

Membro da Amnistia Internacional Portugal, o antigo primeiro-ministro e Presidente de Portugal recebeu as delegações da organização várias vezes, tendo manifestado sempre preocupação pelas violações e abusos de direitos humanos e participado em eventos promovidos pela seção portuguesa da AI.

Participou, nomeadamente, na conferência “Direitos humanos na Europa: que desafios para o futuro?”, organizada pela Amnistia Internacional Portugal, aquando da visita ao país do secretário-geral da organização, Salil Shetty, em maio de 2014 (na foto).

Já antes, em 1997, na visita a Portugal do então secretário-geral da Amnistia Internacional Pierre Sané, Mário Soares recebeu a delegação da organização de direitos humanos em Portugal, num encontro em que aceitou o convite da AI para integrar um grupo de personalidades mundiais, a quem a organização recorreria em situações urgentes de violações de direitos humanos.

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