10 Fevereiro 2015

A Amnistia Internacional Portugal entregou esta terça-feira, 10 de fevereiro, na embaixada da África do Sul em Lisboa, 29.294 cartas assinadas em Portugal na petição da Maratona de Cartas de 2014 a favor do acesso adequado das raparigas e mulheres do município de Mkhondo a cuidados essenciais de saúde maternal.

A entrega foi feita à conselheira política da embaixada sul-africana, Hanna de Beer, que recebeu a delegação da Amnistia Internacional Portugal (na foto) constituída pelo presidente da Direção da organização de direitos humanos, Victor Nogueira, e pela coordenadora de campanhas, Ana Monteiro.

Esta petição, integrada na campanha global anual Maratona de Cartas, expressa às autoridades sul-africanas as preocupações da Amnistia Internacional e de todos os signatários das cartas sobre os obstáculos que as mulheres grávidas enfrentam para acederem a cuidados pré-natais nas zonas rurais da África do Sul, e em particular as habitantes da localidade de Mkhondo, na província de Mpumalanga.

As mulheres e raparigas grávidas de Mkhondo (onde mais de 10% das raparigas com menos de 18 anos estão grávidas) enfrentam barreiras no acesso à informação, na educação sexual e nos cuidados pré-natais.

Um acesso adequado a cuidados de saúde maternal pode diminuir nuns estimados 25 por cento a taxa de mortalidade maternal naquela região, a qual mais do que duplicou entre 2012 e 2013. Entende-se igualmente que o acesso a estes cuidados de saúde evitaria que quase metade das grávidas na região estivessem infetadas com VIH/SIDA– a comunidade de Mkhondo regista uma das mais elevadas taxas de VIH/Sida em mulheres grávidas (mais de 46 por cento).

No conjunto dos quatro casos adotados em Portugal na Maratona de Cartas de 2014, a Amnistia Internacional conta já mais de 140 mil petições assinadas.

 

 

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