A secretária de Estado para os Direitos Humanos e Cidadania de Angola, Ana Januário Celeste, recebeu, esta segunda-feira, em Luanda, a Amnistia Internacional. O encontro, acompanhado pelo diretor-executivo da Amnistia Internacional Portugal, Pedro A. Neto, serviu para a apresentação do relatório “O fim do paraíso do gado: Como o desvio de terras para explorações pecuárias minou a segurança alimentar nos Gambos”. O documento, divulgado na semana passada, mostra o impacto do desvio de terras para explorações pecuárias comerciais nas comunidades da região.
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“Percebemos uma secretária de Estado atenta, que discutiu os seus pontos de vista e refletiu na sua intervenção as tensões históricas com organizações como a Amnistia Internacional. É sinal positivo que na investigação que fizemos sobre a vida no Vale dos Gambos, de todos os ministérios a quem enviámos questões, foi a secretaria de Estado dos direitos humanos e cidadania que respondeu”, nota Pedro A. Neto.
O relatório, que teve uma apresentação pública na Mediateca de Luanda, expõe a crise alimentar na chamada “região leiteira” de Angola, onde a criação de gado e a produção de leite têm sido fulcrais para manter o modo de vida das comunidades locais, como os Vanyanekes e Ovahereros.
De Luanda a Lubango
Depois da reunião com Ana Januário Celeste e da apresentação do relatório sobre a situação no município dos Gambos, a Amnistia Internacional tem na agenda encontros com organizações da sociedade civil e grupos de jovens, em Luanda. A visita prossegue na província de Lubango, onde serão mantidos contactos com entidades locais e comunidades afetadas pelo desvio de terras para explorações pecuárias comerciais.
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