O responsável de Justiça Económica e Social da Amnistia Internacional, Steve Cockburn, reagiu à decisão da FIFA em atribuir a organização do Campeonato Mundial de Clubes à Arábia Saudita, que se realiza em dezembro de 2023, considerando que a organização que tutela o futebol continua “a ignorar o registo atroz” daquele país “em matéria de direitos humanos”.
Steve Cockburn recorda que a Arábia Saudita mantém a “desconsideração pela liberdade de expressão, discriminação ou direitos dos trabalhadores”. A FIFA está mais uma vez a descartar a sua própria política de direitos humanos e é cúmplice na flagrante lavagem desportiva”.
“As autoridades da Arábia Saudita intensificaram a sua brutal repressão à liberdade de expressão, condenando indivíduos a penas de prisão entre 10 a 45 anos, simplesmente pela sua expressão pacífica online”
Steve Cockburn
“Nos últimos meses, as autoridades da Arábia Saudita intensificaram a sua brutal repressão à liberdade de expressão, condenando indivíduos a penas de prisão entre 10 a 45 anos, simplesmente pela sua expressão pacífica online. As autoridades continuam também a executar pessoas por diferentes crimes. Num único dia de 2022, 81 pessoas foram condenadas à morte, muitas das quais foram julgadas em julgamentos injustos”.
A FIFA anunciou que tinha ganho 7.5 mil milhões de dólares em receitas entre 2019 e 2022, e espera ganhar 11 mil milhões de dólares durante os próximos quatro anos, e ainda não chegou a acordo sobre um fundo de compensação para os trabalhadores migrantes no Qatar.
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