1988
Depois de mais de vinte anos de regime militar, dezenas de milhares de pessoas marcham para exigirem a democracia. Os soldados abriram fogo sobre a população, matando cerca de 3 mil pessoas.
A Liga Nacional para a Democracia (NLD) é formada, tendo Aung San Suu Kyi como secretária geral. A NLD defende uma política de não-violência e de desobediência civil.

1989
Suu Kyi é colocada em prisão domiciliária, sem acusação ou julgamento. A Amnistia Internacional considera Suu Kyi prisioneira de consciência.

1990
Apesar da detenção de Suu Kyi, a NLD vence as eleições com 82% de assentos parlamentares. As autoridades do Myanmar recusam-se a reconhecer os resultados.

1991
Aung San Suu Kye é declarada vencedora do Prémio Nobel da Paz de 1991.

Suu Kyi continua detida.

1998
Suu Kyi faz um compromisso pessoal de apoio à Declaração Universal dos Direitos Humanos, como parte da campanha da Amnistia Internacional Get up, Sign up!.

Para assinalar o 10º aniversário do movimento pró-democracia no Myanmar, a Amnistia lança uma campanha a apelar ao governo birmanês que acabe com a tortura e que liberte todos os prisioneiros políticos.

2003
A Amnistia Internacional é autorizada a entrar no Myanmar pela primeira vez com um visto oficial.

2007
Começa uma nova onda de oposição pública, culminando na “Revolução Açafrão” liderada por monges e reprimida violentamente pelas autoridades.

A Amnistia Internacional apela a um Dia de Ação Global pelo Myanmar, com manifestações em cidades de todo o mundo.

2009
Aung San Suu Kyi é nomeada Embaixadora da Consciência da Amnistia.

2010
A Amnistia Internacional lança um apelo na internet com o objetivo de enviar 4 mil rádios para o Myanmar.
    
O principal partido apoiado pelos militares proclama vitória nas primeiras eleições legislativas desde 1990.Grupos da oposição alegam ter havido uma fraude generalizada. Uma semana depois das eleições, Suu Kyi é libertada da prisão domiciliária.

2011
Em março Thein Sein tomou posse como Presidente do novo governo.
Em agosto Thein Sein encontra-se com Suu Kyi.
Em outubro alguns prisioneiros politicos, incluindo o comediante Zarganar, são libertados numa amnistia geral.
Em dezembro a NLD volta a ser registada como um partido político.

2012
Em janeiro muitos prisioneiros políticos são libertados, incluindo os estudantes que lideraram os protestos de 1988, Min Ko Naing e Ko Ko Gyi.
Em abril os candidatos da NLD, incluindo Suu Kyi, ganham 43 dos 44 assentos parlamentares em causa nas eleições intercalares.

A Amnistia Internacional lembra que ainda existem centenas de prisioneiros políticos no Myanmar, que os abusos continuam, particularmente contra civis Kachin e que ainda estão em vigor leis repressivas.