1 Outubro 2014

 

As autoridades chinesas devem libertar imediata e incondicionalmente todos os que estão a ser detidos por mostrarem publicamente o seu apoio aos protestos pró-democracia de Hong Kong, insta a Amnistia Internacional esta quarta-feira, 1 de outubro, quando se assinala o Dia Nacional da China.

Pelo menos 20 pessoas foram detidas pela polícia em várias cidades da China nos dois últimos dias por colocarem posts online com mensagens de apoio aos que se manifestam em Hong Kong, por raparem a cabeça em solidariedade e por planearem viajar para a região para participarem nos protestos.

Outras 60 pessoas foram chamadas para interrogatório pelas autoridades, no que ficou conhecido como serem “convidadas para um chá”. O cerco feito aos ativistas na China continental explica por que tantas pessoas em Hong Kong temem o aumento do controlo de Pequim sobre a região”, esclarece o investigador da Amnistia Internacional para a China, William Nee.

“As liberdades fundamentais que em Hong Kong são exercidas por centenas de milhares de pessoas continuam a ser negadas a quem vive na China continental”, acusa William Nee. Os serviços de censura chineses tentaram bloquear qualquer menção  a Internet aos protestos pró-democracia. A famosa rede de partilha de imagens Instagram foi banida na China na passada quinta-feira, 25 de setembro.

Milhares de pessoas continuam a ocupar Hong Kong para exigir uma reforma eleitoral. O uso desnecessário de gás lacrimogéneo e gás pimenta pela polícia, no fim de semana, contra um protesto que era essencialmente pacífico, teve como efeito colocar mais pessoas nas ruas. Desde então a polícia tem adotado uma abordagem menos confrontativa, mas continua a incerteza sobre o que irá acontecer a seguir.

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