5 Novembro 2012

As autoridades chinesas estão a intensificar a repressão sobre os dissidentes, com mais de 100 ativistas a serem detidos nas últimas semanas.

Esta ação do governo numa tentativa de abafar críticas e prevenir protestos pouco antes da transição de poder, no 18º Congresso do Partido Comunista, que terá lugar a 8 de novembro em Pequim.

“Enquanto uma nova geração de líderes se prepara para subir ao poder na China, testemunhamos as mesmas táticas de repressão contra os que têm coragem suficiente para contestar pacificamente o regime em Direitos Humanos”, diz Roseann Rife, Chefe da Ásia Oriental na Amnistia Internacional.

A polícia colocou ativistas em prisão domiciliária, forçou indivíduos a sair de Pequim, e fechou os gabinetes de grupos comunitários de modo a suprimir a dissensão pacífica. Crê-se que vários ativistas se encontrem detidos em prisões não oficiais e locais secretos de detenção. A partir de 7 de novembro, haverá mais restrições ao acesso à internet, de modo a limitar a liberdade de expressão. Estas medidas já tinham sido utilizadas como censura aquando da atribuição do Novel da Paz em 2010 a Liu Xiaobo e durante os Jogos Olímpicos de 2008. Além disto, está a ser exercido um forte controlo nas viagens para Pequim, para o Tibete, e para a Região Autónoma de Xinjiang Uighur, onde se espera que aconteçam manifestações.

“As autoridades devem pôr fim a esta campanha de perseguição a ativistas. Todos os que estão detidos por simplesmente exercerem o seu direito à liberdade de expressão devem ser imediatamente libertados. Respeitar os Direitos Humanos seria uma demonstração genuína de força por parte da liderança vindoura”, diz Roseann Rife.

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