- Medidas apresentadas por Von der Leyen são um bom começo
- Faltam detalhes e reconhecimento do genocídio de Israel
- É fundamental suspender o Acordo UE-Israel
A Amnistia Internacional congratula-se com as declarações da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, acerca do genocídio de Israel sobre os palestinianos, mas defende que é preciso fazer mais.
Finalmente, a União Europeia (UE) admite que a Europa deve agir, nota a organização nas redes sociais. Durante 23 meses, manifestantes em toda a Europa e no mundo denunciaram o genocídio de Israel contra os palestinianos em Gaza, aponta o texto. Agora, parece que a mensagem está a ser compreendida, já que a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, propõe novas medidas, afirma a mensagem.
Estas propostas da UE são um começo, denuncia a Amnistia. Mas não são suficientes, com poucos detalhes, sem cronograma, sem reconhecimento do genocídio e sem nomear Israel como o perpetrador. A UE deve agir agora para pôr fim ao genocídio de Israel contra os palestinianos em Gaza.
No dia 20 de outubro, os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus vão reunir-se para decidirem se suspendem parcialmente o Acordo de Associação UE-Israel, que pode pôr fim ao acesso preferencial de Israel ao comércio e às subvenções da UE. A Amnistia Internacional reitera o apelo ao ministro Paulo Rangel para que isso aconteça.
A União Europeia deve suspender o Acordo UE-Israel. A UE não pode arriscar-se a ser cúmplice de genocídio. Não em nosso nome.
UE admite suspender acordo com Israel
No discurso sobre o Estado da União Europeia, a 10 de setembro, em Estrasburgo, França, Ursula von der Leyen afirmou que o que está a acontecer no território palestiniano devido à ofensiva israelita “abalou a consciência do mundo” e “é inaceitável”, reportou a comunicação social. “A Europa precisa de fazer mais”, disse.
Alvo de críticas pelo silencio sobre a situação em Gaza, a presidente da Comissão Europeia defendeu que, “pelo bem das crianças, pelo bem da Humanidade, isto tem de acabar”. Von der Leyen afirmou também que “a Europa deve liderar o caminho”, anunciando mais medidas para pressionar Israel a acabar com a ofensiva em Gaza, incluindo a suspensão parcial do Acordo de Associação UE-Israel.
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