31 Dezembro 2023

 

  • Para assinalar a entrada no ano de 2024, a Amnistia Internacional e a WYCreative juntaram-se numa ação que lembra que o próximo ano não será recebido com alegria e festejos em todos os países.

 

Um vídeo criado pela agência WYCreative, a propósito da passagem de ano, sublinha que, nas regiões onde permanece a ocorrência de conflitos, o início de 2024 antevê receio, sofrimento e novas violações de direitos humanos. Em vez de correrem para o exterior para ver o céu iluminado com fogo de artifício, as famílias destes lugares refugiam-se no interior das casas, desejando que o céu iluminado não signifique a queda de um rocket por cima do teto que as abriga.

Nas regiões onde permanece a ocorrência de conflitos, o início de 2024 antevê receio, sofrimento e novas violações de direitos humanos

É precisamente às 22h00 de dia 31 de dezembro (na hora de Portugal) que se assinala a passagem de ano na Grécia, no Egito, mas também na Ucrânia, em Israel e nos Territórios Palestinianos Ocupados. Nestes últimos, qualquer luz no céu pode ser uma ameaça. Desde 7 de outubro de 2023, que o Estado de Israel e o Hamas têm perpetrado ataques sobre territórios civis. Na Faixa de Gaza vive-se uma crise humanitária sem precedentes, com um número de mortos que cresce a cada dia, escassez de comida e água potável, colapso do sistema de saúde, cortes de comunicações e impedimentos ao trabalho das agências humanitárias.

Em vez de correrem para o exterior para ver o céu iluminado com fogo de artifício, as famílias destes lugares refugiam-se no interior das casas, desejando que o céu iluminado não signifique a queda de um rocket por cima do teto que as abriga

A pausa humanitária, que ocorreu entre 24 de novembro e 1 de dezembro, permitiu a libertação de 113 reféns detidos pelo Hamas e por outros grupos armados da Faixa de Gaza e também, do lado israelita, a libertação de 240 palestinianos detidos nas prisões. Foram dias em que alguma ajuda humanitária crucial pôde entrar na Faixa de Gaza, aliviando a pressão sobre os hospitais e permitindo a distribuição de alimentos em áreas mais isoladas. Ainda assim, após este período, os ataques regressaram e o número de feridos e mortos voltou a crescer.   

É por esta razão que a Amnistia Internacional, com o apoio da agência WYCreative, volta a apelar para a necessidade de um cessar-fogo neste conflito. Só o cessar-fogo é capaz de proteger efetivamente os civis, garantir o acesso da ajuda humanitária à Faixa de Gaza, proteger os reféns e assegurar o seu regresso seguro para junto das famílias, e possibilitar a realização de investigações internacionais independentes sobre os crimes de guerra cometidos por todas as partes.

Para além do cessar-fogo na região, a Amnistia também apela à assinatura de outras petições que apoiam iniciativas e causas humanitárias por todo o mundo. Só assim haverá motivos de comemoração pelo ano 2024.

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