29 Junho 2015

Uma Escola Amiga dos Direitos Humanos garante que todas as pessoas na comunidade escolar têm um papel a desempenhar na maneira como a escola é governada e gerida, incluindo na liderança, no desenvolvimento da visão e missão escolar, no desenvolvimento e implementação das políticas e procedimentos escolares e nos mecanismos de responsabilização.
 
Sendo a Governança umas das áreas de intervenção do projeto, este ano letivo dedicámos um workshop a esta questão, no qual se procurou analisar o nível de participação dos diferentes elementos da comunidade educativa. 
 
Entre abril e maio, foi reunido um grupo de participantes (em média 10 participantes por escola) que integraram, sempre que possível, todos os elementos da comunidade escolar – direção, professores, alunos, pais e funcionários. 
 
Na primeira parte da sessão foi feita uma apresentação onde se procurou clarificar o conceito da governança participativa, quais os seus benefícios assim como a importância de construir uma cultura de confiança, respeito e de responsabilidade partilhada entre os membros da comunidade escolar. 
 
Seguiu-se o exercício de autoavaliação, no qual se pretendeu identificar o nível da escola em relação à governança participativa, com base nas perceções dos vários elementos da comunidade escolar.
 
Este exercício foi adotado do Manual “Governança Democrática das Escolas”, uma publicação do Conselho da Europa que tem como objetivo apoiar as escolas a desenvolverem a Educação para a Cidadania Democrática.
 

E como é feita a participação dos alunos?

Paralelamente a este workshop, realizou-se também uma sessão sobre “Participação Ativa” dirigida apenas aos alunos.
O objetivo era clarificar o conceito de participação ativa, assim como explorar as formas e mecanismos de participação dos jovens na vida escolar. Quisemos também saber o que pensam os jovens destes processos de participação na escola, assim como os obstáculos a uma participação mais efetiva e possíveis soluções para os contornar.
 
A participação foi entusiasta em todas as escolas, tendo envolvido 115 alunos, com cargos de representação dos estudantes: delegados e subdelegados de turma e representantes das Associações de Estudantes. Alguns interessados juntaram-se também às sessões, demonstrando que este é um tema que entusiasma os estudantes. 
 
As conclusões diferem de escola para escola, mas podemos identificar algumas problemáticas comuns: a participação dos alunos nos processos de decisão da escola é ainda condicionada por diversos fatores: uns prendem-se com os próprios estudantes, como o desinteresse, a falta de capacitação para tomarem decisões, a falta de iniciativa e a timidez para expressar os seus pontos de vista. Outras prendem-se com a relação com outros intervenientes como a falta de encorajamento dos órgãos dirigentes para que os alunos participem, pouca recetividade das Direções para as propostas dos alunos, a falta de divulgação dos processos de decisão e a desvalorização da opinião dos alunos aos quais não é dada credibilidade.
 
Situações às quais o projeto Escolas Amigas dos Direitos Humanos pretende dar resposta, incentivando as escolas integrantes a estimularem formas de participação ativa de todos os elementos da comunidade educativa, a integrar no plano de atividades do próximo ano letivo.
 

Workshop sobre Participação Ativa em Estremoz

Exercício sobre Participação Ativa no Cacém

Workshop sobre Governança Participativa em Ferreira do Zêzere

Workshop sobre Participação Ativa em Ferreira do Zêzere

Workshop sobre Governança Participativa em São João da Madeira

Workshop sobre Participação Ativa em São João da Madeira

Workshop sobre Governança Participativa em Levante da Maia

Workshop sobre Governança Participativa em Vila Franca de Xira

 

 

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