A Amnistia Internacional, em parceria com a Reprieve e a Center for Constituitional Rights, lançou o International Protection European Tour, com o objectivo de incentivar os países visados nestas visitas a receber prisioneiros de Guantánamo, contribuindo assim para o encerramento deste estabelecimento prisional.
O Luxemburgo foi o primeiro país a receber a visita da delegação composta por: Moazzam, um ex-detido do estabelecimento prisional da baía de Cuba; Polly Rossdale, Cori Crider e Sophie Weller, representantes de dois escritórios de advogados responsáveis por defender prisioneiros de Guantánamo; e o director da organização de defesa dos Direitos Humanos Cageprisoners. Nos dias 14 e 15 de Janeiro, a secção da Amnistia Internacional do Luxemburgo organizou uma série de iniciativas com o objectivo de promover o debate sobre Guantánamo, apresentando medidas que o país poderia adoptar para ajudar a resolver este problema.
A visita teve início com uma conferência de imprensa, seguiu-se a exibição de “Taxi to the Dark Side” e um debate com Moazzam e os representantes legais dos detidos de Guantánamo, no qual participaram cerca de 200 pessoas. Foram ainda realizadas reuniões com todos os partidos políticos do Luxemburgo e com o Ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Jean Asselborn.
A Amnistia Internacional faz um balanço positivo do arranque do International Protection European Tour e considera que a presença de Moazzam confere um carácter humano a esta campanha, indispensável para que a real dimensão de Guantánamo seja revelada. O tour segue agora para a Suiça, mas deverá ainda passar por países como a Suécia (fim de Janeiro), a Irlanda (8, 9 Fevereiro) e a Alemanha (10, 12 Fevereiro).
Também Espanha se vai tornar um país de acolhimento para prisioneiros de Guantánamo, o anúncio foi feito pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Miguel Ángel Moratinos, no dia 18 de Janeiro. É esperado que a Eslováquia anuncie em breve a sua disponibilidade para receber detidos deste estabelecimento prisional.