15 Outubro 2008

Passados mais de 60 anos desde o fim da Segunda Guerra Mundial, cerca de 200.000 mulheres continuam a lutar para que lhes seja feita justiça. São as chamadas “mulheres de conforto”, que durante toda a década de 30 e na Grande Guerra de 1939-45 foram forçadas pelo governo japonês a servirem sexualmente as Forças Armadas.
 
Naquele que ficou conhecido como um sistema de “escravidão sexual militar”, as mulheres, muitas delas com menos de 20 anos de idade, foram raptadas, espancadas, violadas e forçadas a proporcionar serviços sexuais aos militares japoneses. Uma realidade cuja dimensão real nunca foi reconhecida, ou aceite, pelo governo japonês.

Vamos fazer Justiça!

Muitas destas “mulheres de conforto” sofreram danos psicológicos e físicos irreversíveis, que resultaram, em muitos casos, no isolamento, na vergonha e na pobreza extrema. Por isso, as sobreviventes têm apelado à “responsabilização moral” do estado japonês, ao reconhecimento público pelos factos históricos e a compensações pelos danos causados.

A Amnistia Internacional acredita que o Governo Japonês tem obrigações morais, e legais, para com estas mulheres, nomeadamente:

-Aceitar toda a responsabilidade pelos abusos cometidos.
-Apresentar um pedido de desculpas oficial pelos crimes cometidos.
-Estabelecer medidas adequadas e efectivas de compensação.

Relembramos que a recusa de justiça prolonga a humilhação e o sofrimento das vítimas.

Perante a atitude do Estado Japonês, a Amnistia Internacional tem apelado a vários países para que adoptem resoluções a reclamar justiça para as “mulheres de conforto”, pressionando assim as autoridades japonesas. Os EUA, a Holanda, o Canadá e o Parlamento Europeu já aprovaram resoluções neste sentido. O Governo das Filipinas está agora a ponderar a promulgação de uma resolução.
 
Junte-se a nós na procura de justiça para as “Mulheres de Conforto”!

Participe na carta de incentivo que a Amnistia Internacional vai dirigir ao governo das Filipinas,em http://www.amnesty.org/en/appeals-for-action/comfort-women-waiting-justice

Para que lhe possamos dar feedback sobre este assunto, informe-nos se participou enviando um email para [email protected]Este endereço de email está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email, com o assunto “Japão: Mulheres de Conforto – Eu Participei!”

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