14 Maio 2015

A ReAJ-Rede de Ação Jovem da Amnistia Internacional, junto com o projeto Face2Face, levou esta quarta-feira, 13 de maio, uma ação à baixa de Lisboa a assinalar o 10º aniversário do massacre de Andijan, no Uzbequistão, em que os transeuntes eram desafiados a viver a experiência de serem detidos e aprisionados injustamente numa cela móvel.

Uma dezena de ativistas da organização de direitos humanos estiveram na zona do Chiado, abordando as pessoas com esta realidade vivida por muitos cidadãos no Uzbequistão, e em muitas outras partes do mundo, de poderem ser presos de um momento para o outro, sem fundamento, sem razões, sem justiça. A reação das pessoas na rua “foi muito boa”, descreve a coordenadora de Campanhas da Amnistia Internacional Portugal, Ana Monteiro.

A par desta performance, os ativistas encorajaram também os transeuntes a assinarem as petições em que a organização de direitos humanos defende dois prisioneiros de consciência uzbeques – Erkin Musaev e Dilorom Abdukadirova –, injustamente presos e que foram brutalmente torturados nas prisões do Uzbequistão, assim como um outro apelo em que a Amnistia Internacional insta as autoridades do país a legislarem a proibição expressa do recurso a práticas de tortura.

A morte de centenas de manifestantes pacíficos em Andijan pelas forças de segurança uzbeques, a 13 de maio de 2005, continua ainda por ser investigada de forma independente, e aqueles que participaram no protesto contra a pobreza, a corrupção e a injustiça no país são perseguidos sem misericórdia pelas autoridades. Muitos morreram naquela assalto das forças policiais, que dispararam sem nenhum aviso prévio contra a multidão, incluindo mulheres e crianças, e o número exato de vítimas permanece até hoje por apurar. Muitos outros estão a cumprir penas de dezenas de anos na prisão.

      

Com esta ação de rua, a Amnistia Internacional veio reiterar uma vez mais que o massacre de Andijan não está esquecido. Junte-se a essa ação e assine as petições em defesa de Erkin Musaev e de Dilorom Abdukadirova, e contra a tortura no Uzbequistão.

 

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