27 Fevereiro 2015

A Amnistia Internacional Portugal entregou na quarta-feira, 25 de fevereiro, na embaixada da Nigéria em Lisboa, 44.389 petições assinadas em Portugal em defesa de Moses Akatugba, que se encontra no corredor da morte de uma prisão nigeriana, tendo sido detido e torturado quando ainda era menor por suspeitas de roubo à mão armada.

Nesta entrega, a coordenadora de Campanhas da Amnistia Internacional Portugal, Ana Monteiro, foi recebida por Olatunde A. e Danladi N.Y., diplomatas da embaixada da Nigéria.

A petição em defesa de Moses Akatugba, integrada na campanha global anual Maratona de Cartas, expressa às autoridades nigerianas as preocupações da Amnistia Internacional e de todos os signatários das petições sobre as condições da detenção, julgamento e pronúncia de sentença ao jovem. Moses Akatugba está detido desde 2005 e foi condenado à pena de morte em novembro de 2013 por um crime que alegadamente ocorreu quando tinha 16 anos – o que vai contra as leis nigerianas e internacionais, uma vez que era menor.

O jovem nega ter cometido o crime de que foi acusado e pelo qual foi condenado com base em “confissões” obtidas sob tortura. Moses Akatugba relatou à Amnistia Internacional ter sido atado e suspenso, tendo-lhe sido arrancadas unhas das mãos e dos pés.

As autoridades nigerianas são instadas nesta petição a comutar a pena de morte pronunciada neste caso e também a que seja lançada uma investigação independente às alegações de tortura praticada pela polícia contra Moses Akatugba, e os responsáveis julgados.

No conjunto dos quatro casos adotados em Portugal na Maratona de Cartas de 2014, a Amnistia Internacional recolheu o total de 146.279 petições assinadas.

 

Artigos Relacionados