A SUA ASSINATURA TEM MAIS PODER DO QUE IMAGINA
ESCREVA UMA CARTA, MUDE UMA VIDA
Em 2023, recolhemos mais de 72.000 assinaturas em Portugal!
A 22ª edição da Maratona de Cartas foi novamente um sucesso, milhões de pessoas juntaram a sua assinatura ao maior evento de Direitos Humanos do mundo, contribuindo para alcançar uma mudança real na vida de pessoas e comunidades em risco.
Foram registadas pelo menos 5.499.233 ações em todo o mundo e em Portugal 72.336 pessoas assinaram as petições e fizemos chegar4.990 mensagens de solidariedade aos vários casos.
Este ano queremos continuar a contar com a sua ajuda. Junte-se a este grande evento e prepare-se para mudar vidas!
Mude uma vidaDurante a 23ª edição da Maratona de Cartas, são vários os eventos e ações em que se poderá juntar a nós e fazer a diferença. Faça da Maratona de Cartas um evento de esperança e ajude-nos a impactar positivamente a vida de alguém!
Participe nos Eventos da Maratona
O que é a maratona de cartas?
A Maratona de Cartas é o maior evento de direitos humanos organizado pela Amnistia Internacional em todo o mundo.
Nos últimos meses de cada ano, mobilizamos milhões de pessoas para que atuem em defesa de pessoas e comunidades que veem os seus direitos humanos violados. Após a divulgação dos casos, milhões de pessoas aceitam fazer frente à injustiça e contribuir para um mundo mais justo: assinam petições, escrevem cartas, organizam eventos, partilham informação nas redes sociais, fazem donativos e juntam-se ao nosso movimento.
A 23ª edição da Maratona de Cartas decorre em Portugal de 4 de novembro de 2024 a 31 de janeiro de 2025.
Se quiser saber mais sobre a Maratona de Cartas faça o CURSO ONLINE gratuito – O QUE É A MARATONA DE CARTAS?
Curso – O que é a Maratona de Cartas?Inscreva a sua escola, universidade, empresa ou associação para juntarmos forças e agir para mudar a vida de quem vê os seus direitos humanos violados.
Formulário de Inscrição Maratona de Cartas
Como Funciona a Maratona?
Com base num rigoroso trabalho de investigação, a Amnistia Internacional seleciona um conjunto de pessoas ou comunidades que se encontram em risco.
Em todo o mundo são recolhidas assinaturas online, são escritas mensagens de solidariedade, e são feitos donativos para apoiar as pessoas ou comunidades em risco.
Todas as assinaturas são entregues aos responsáveis políticos e as mensagens de solidariedades são enviadas às pessoas em risco.
A mudança acontece!
Quem precisa da nossa ação?
Neth Nahara
Em agosto de 2023, Ana da Silva Miguel, conhecida como Neth Nahara, criticou o Presidente Angolano João Lourenço numa publicação no Tik Tok. No dia seguinte, foi detida e, posteriormente, condenada a uma pena de dois anos de prisão. Neth Nahara deve ser libertada imediata e incondicionalmente.
Junte o seu nome
Manahel al-Otaibi
Em novembro de 2022, Manahel al-Otaibi, uma instrutora de fitness da Arábia Saudita, foi detida depois de publicar no Snapchat fotografias suas num centro comercial sem usar o tradicional manto de mangas compridas, conhecido como abaya. Foi condenada a 11 anos de prisão.
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Maryia Kalesnikava
No dia 7 de setembro de 2020, a ativista política Maryia Kalesnikava, foi raptada pelas autoridades bielorrussas, levada para a fronteira, onde resistiu à deportação rasgando o seu passaporte. Foi detida e mais tarde condenada a onze anos de prisão por falsas acusações. A família de Maryia não tem notícias dela há mais de um ano.
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Nação Wet’suwet’em
A comunidade Wetʼsuwetʼen está profundamente ligada às suas terras ancestrais. As suas ações para impedirem a construção de um gasoduto no seu território, têm sido fortemente penalizadas pelas autoridades canadianas. Os defensores do território dos Wet’suwet’en correm o risco de ser condenados à prisão simplesmente por exercerem o seu direito de reunião e manifestação pacífica.
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Kyung Seok Park
Ao realizar protestos pacíficos nos sistemas de transportes públicos de Seul (Coreia do Sul), Kyung Seok Park chamou à atenção para a dificuldade que as pessoas com deficiência têm em aceder facilmente e em segurança aos transportes. O seu ativismo tem sido alvo de abusos policiais, campanhas de difamação pública e processos judiciais punitivos.
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Şebnem Korur Fincancı
Em 2023, a Professora Şebnem foi condenada por alegadamente “fazer propaganda a favor de uma organização terrorista”, depois de ter apelado a uma investigação sobre as alegações de que os militares turcos estavam a utilizar armas químicas no Iraque. Şebnem está a recorrer da sua condenação, mas poderá ficar presa durante quase dois anos se não tiver êxito.
Junte o seu nome
Mensagens de solidariedade
Estes 6 casos de pessoas e comunidades precisam da sua ação urgente! Envie-lhes também uma mensagem de solidariedade, dando-lhes força para continuarem a lutar pela defesa dos Direitos Humanos.
Enviar mensagem
Assine todos os casos
De forma simples e rápida, é possível agir em defesa dos 6 casos que precisam de si, inserindo os seus dados uma única vez! Basta selecionar os casos que pretende apoiar e preencher o formulário.
A Maratona nas escolas
A Maratona de Cartas é a oportunidade perfeita para abordar questões de direitos humanos no contexto escolar.
É possível organizar eventos, recolher assinaturas, escrever mensagens de solidariedade (ideal para os ativistas mais jovens), promover debates, entre outras possibilidades. Além disso, a escola que recolher mais assinaturas a nível nacional será palco de um evento exclusivo da Amnistia Internacional!
A Maratona na sua instituição
A Maratona de Cartas decorre, maioritariamente através do ativismo digital e, por isso, a sua promoção pode decorrer em vários locais: empresas, centros de dia, grupos de jovens, organizações não governamentais, bibliotecas ou outros espaços públicos.
Algumas ideias para promover a assinatura destes casos:
- Afixar num espaço comum da sua instituição os cartazes que temos disponíveis na página de cada um dos casos, e apelar para que cada pessoa assine no momento;
- Organizar uma recolha de assinaturas durante um evento;
- Enviar um e-mail a todos os seus colegas para que assinem em defesa de cada um dos nossos casos;
- Realizar eventos temáticos relativos a cada um dos casos, com a promoção da assinatura em defesa de cada um deles;
- Promover a Maratona de Cartas e solicitar uma breve conversa ou sessão com a Amnistia Internacional.
Open Day
CELEBRE O DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS CONNOSCO
No próximo dia 10 de dezembro, venha celebrar o Dia Internacional dos Direitos Humanos de uma forma especial, com um Open Day na Sede da Amnistia Internacional – Portugal em Oeiras e outros eventos que se realizarão em várias zonas do país.
Junte-se a nós nas muitas ações de ativismo que preparámos para si e ajude-nos a mudar a vida dos seis casos da Maratona de Cartas 2024, de pessoas e comunidades que se encontram em risco.
AÇÕES DE ATIVISMO NO DIA 10 DE DEZEMBRO NA SEDE DA AMNISTIA INTERNACIONAL
12h – Workshop de ilustração de postais com Catarina Varanda
13h – Aula de Zumba pela libertação de Manahel al-Otaibi
14h30 – Talk com a Ambientalista Imperfeita (Joana Guerra Tadeu)
15h30 – Talk sobre acessibilidade e os direitos da pessoa com deficiência
16h30 – Talk com Sofia Branco, jornalista e ex-presidente da Direção do Sindicato dos Jornalistas
17h30 – Yoga pelos Direitos Humanos
18h00 – Workshop de Postais em Aguarela com Rita Barros
18h30 – Tarde de Quizz com Dr. Why
20h – Café Concerto com Lara Brian – Duo
As ações não necessitam de inscrição e são gratuitas
AÇÕES DE ATIVISMO NOUTROS LOCAIS DO PAÍS
ESTREMOZ
10 dezembro – Sociedade de Artistas Estremocenses
21h – Sessão Pública: “Os Direitos Humanos são de Todos”
Entrada livre e gratuita
COIMBRA
9 dezembro – Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
18h30 – Debate sobre discriminação em ambiente académico
Entrada livre e gratuita
10 dezembro – Liquidambar
20h30 – Cinedebate “Lilya Para Sempre” em parceria com a Associação Akto
Entrada livre e gratuita
PONTA DELGADA
10 dezembro – Bar Mercado Negro
19h – A Amnistia Internacional e a Maratona de Cartas
Entrada livre e gratuita
Eventos Maratona de Cartas
DOCUMENTÁRIO “A MECA DO TURISMO” (TOURIST MECCA”)
18 DE DEZEMBRO – 21H
LISBOA AVENIDAS – UM TEATRO EM CADA BAIRRO
Está a decorrer uma revolução social na Arábia Saudita. O príncipe Mohammad bin Salman, que governa de facto o país, está a abalar a forma austera do Islão que o manteve fechado durante décadas. A campanha de reforma multimilionária do Príncipe inclui a adição de 60 milhões de visitas ao reino nos próximos 12 anos, para o tornar num dos cinco países mais visitados do mundo. Mas a Arábia Saudita continua a lutar para escapar às sombras lançadas pelo punho de ferro dos seus governantes. Será que o regime, notoriamente repressivo, vai cumprir a sua promessa de reforma?
DOCUMENTÁRIO “FUGA DA ARÁBIA SAUDITA” (“ESCAPE FROM SAUDI)
18 DE DEZEMBRO – 21H
LISBOA AVENIDAS – UM TEATRO EM CADA BAIRRO
Quando Rahaf Al Qunun, de 18 anos, decidiu renunciar ao Islão, fugir da Arábia Saudita era a sua única opção. Depois de ser detida em trânsito em Banguecoque, barricou-se num quarto de hotel, juntamente com o realizador, o único jornalista a ter acesso. Revelando
a história de Rahaf e de outras mulheres sauditas, este documentário dramático mostra os perigos que correm as mulheres sauditas que tentam escapar a uma das sociedades mais repressivas do mundo.
Também Manhel al-Otaibi, um dos Casos da Maratona de Cartas, sofreu a pressão das autoridades da Arábia Saudita para silenciar todas as vozes críticas do país e foi detida e condenada a 11 anos de prisão por promover os direitos das mulheres e por fazer publicações nas redes sociais.
Inscreva-se aqui
DOCUMENTÁRIO “ESQUELETOS NO ARMÁRIO” (“SKELETONS IN THE CLOSET”)
8 JANEIRO – 21H
LISBOA AVENIDAS – UM TEATRO EM CADA BAIRRO
Milhares de civis turcos continuam à procura de entes queridos perdidos durante a “guerra suja” dos anos 70 e 80. Pela primeira vez em décadas, os militares estão na defensiva, uma vez que o General Evren foi recentemente a julgamento. Para Nilgun Turkler, cujo pai foi assassinado no golpe de Estado de 1980, “o mais importante é que aqueles que torturaram e mataram sejam encontrados e punidos”. Mas, após a recente detenção de jornalistas que denunciaram estes crimes, parece que os velhos problemas podem não ter ficado assim tão longe.
DOCUMENTÁRIO “TURQUIA NO LIMITE” (“TURKEY ON THE EDGE”)
8 JANEIRO – 21H
LISBOA AVENIDAS – UM TEATRO EM CADA BAIRRO
Um filme pessoal e corajoso do seio da oposição democrática na Turquia. Os últimos anos foram decisivos para o Estado turco. Outrora ferozmente democrática e secular, a Turquia sob Erdoğan tem assistido a uma erosão das liberdades e à consolidação do poder nas mãos de um só homem. Uma alegada tentativa falhada de golpe de Estado em 2016 deu-lhe a desculpa para ir ainda mais longe, ignorando todas as restrições constitucionais. Enquanto as purgas varrem a nação, milhares de jornalistas, académicos e funcionários públicos foram despedidos e presos.
Şebnem Financi, um dos Casos da Maratona de Cartas, tem ajudado milhares de pessoas no seu país natal, a Turquia, e em todo o mundo, defendendo a erradicação da tortura. Depois de ter apelado a uma investigação sobre as alegações de que os militares turcos estavam a utilizar armas químicas no Iraque, foi condenada em janeiro de 2023 por alegadamente “fazer propaganda a favor de uma organização terrorista”.
DOCUMENTÁRIO “YINTAH”
22 JANEIRO – 21H
LISBOA AVENIDAS – UM TEATRO EM CADA BAIRRO
YINTAH é a história do direito dos indígenas à soberania sobre os territórios indígenas. Freda, Molly, e os Dinï ze’ e Tsakë ze’ fazem parte de uma luta de séculos para proteger os seus filhos, a sua cultura e a sua terra da violência colonial. Para os Wet’suwet’en, o seu próprio futuro está em jogo.
O território dos Wet’suwet’en não é conquistado: Não existe nenhum tratado, nenhum recibo de venda ou nenhuma entrega que coloque o território sob a autoridade canadiana. No entanto, o Canadá autorizou os gigantes dos combustíveis fósseis a construírem gasodutos no território dos Wet’suwet’en. O resultado: um confronto de uma década entre os defensores da nação Wet’suwet’en e a polícia canadiana que procura apoderar-se dos seus territórios sob a mira de uma arma.
EVENTOS PASSADOS
DOCUMENTÁRIO “VIDAS DESAFIANTES” (“DEFIANT LIVES”)
4 DE DEZEMBRO – 21H
LISBOA AVENIDAS – UM TEATRO EM CADA BAIRRO
Ed Roberts, Adolf Ratzka, Judy Heuman ou Stella Young, foram precursores no ativismo e nas lutas e conquistas do Movimento Internacional das Pessoas com Deficiência, por direitos civis e humanos. Entrelaçando imagens de arquivo nunca antes vistas com entrevistas
reflexivas e histórias pessoais “Vidas Desafiantes” (“Defiant Lives”) descreve em pormenor a ascensão do movimento dos direitos dos deficientes na Austrália, no Reino Unido e nos EUA.
A exibição deste documentário está relacionada com Kyung Seok Park, um dos casos da Maratona de Cartas 2024, que luta para que as pessoas com deficiência possam viver livre e plenamente na Coreia do Sul.
DOCUMENTÁRIO “QUEM, SE NÃO NÓS? A LUTA PELA DEMOCRACIA NA BIELORRÚSSIA”
20 NOVEMBRO – 21H
LISBOA AVENIDAS – UM TEATRO EM CADA BAIRRO
O Documentário da realizadora Juliane Tutein oferece uma visão única da luta pela democracia na Bielorrússia e da vida de três mulheres: Darya, Nina e Tanya, após os grandes protestos de 2020.
Estes protestos foram os maiores da história da Bielorrússia, mas o regime de Lukaschenko reprimiu-os brutalmente. Ao longo de um ano inteiro, o filme segue estas mulheres excepcionais de diferentes gerações, que continuam a lutar incansavelmente por uma Bielorrússia democrática.
Este evento acontece no âmbito da 23ª edição da Maratona de Cartas, em que um dos casos em foco é o de Maryia Kalesnikava detida e condenada a onze anos de prisão por se manifestar contra a eleição fraudulenta de Alyaksandr Lukashenka.
DOCUMENTÁRIO “É PROIBIDO FALAR EM ANGOLA”
6 NOVEMBRO – 21H
LISBOA – AVENIDAS UM TEATRO EM CADA BAIRRO
A exibição do documentário “É proibido falar em Angola” (Natalia Viana e Eliza Capai, 2015) em que duas jornalistas brasileiras denunciam o clima de intimidação e repressão a que os críticos do governo angolano estão sujeitos, servirá de mote a um debate sobre liberdade de expressão em Angola que contará com a presença de José Marcos Mavungo – antigo prisioneiro de consciência da Amnistia Internacional, Cidia Chissungo do Escritório Regional da África do Sul da Amnistia Internacional e Kennedy Domingos – ativista angolano.
Este evento acontece no âmbito da 23ª edição da Maratona de Cartas, em que um dos casos em foco é o da influencer e cantora angolana Neth Nahara, detida em agosto de 2023 e condenada a dois anos de prisão após ter criticado o Presidente angolano João Lourenço nas suas redes sociais.
Vitórias
Todos os anos registamos mudanças concretas como consequências destas ações durante a Maratona de Cartas: conseguimos a criação de leis mais justas, a libertação de pessoas injustamente presas, promover a defesa do ambiente e sensibilizar para os direitos humanos.
Yasaman Aryani
Yasaman Aryani é uma mulher iraniana (defensora dos direitos das mulheres) que, no Dia Internacional da Mulherem 2019, distribuiu flores com a sua mãe, Monireh Arabshahi, numa carruagem de metro em Teerão, exclusiva para mulheres, sem utilizarem o lenço islâmico, obrigatório no país. Yasaman publicou também um vídeo, que se tornou viral no próprio dia, onde falou da esperança num futuro em que todas as mulheres pudessem ter liberdade de escolher o que vestir. Ambas foram condenadas a 16 anos de prisão em julho do mesmo ano, tendo saído em liberdade a 15 de fevereiro de 2023. Yasaman Aryani foi um dos casos da Maratona de Cartas em 2019, tendo reunido, só em Portugal, mais de 50.000 assinaturas pela sua defesa e liberdade.
Rita Karasartova
Rita é uma defensora dos direitos humanos e uma especialista em governança cívica. Durante mais de uma década, dedicou a sua vida a prestar aconselhamento jurídico independente, ajudando pessoas cujos direitos tinham sido violados por um sistema jurídico corrupto e pouco fiável. Dirige o Instituto de Análise Pública, uma organização não governamental, e é membro do Movimento Democrático Unido do Quirguistão, que luta contra a pobreza e a injustiça. Juntamente com outras 26 pessoas, Rita foi detida por se opor a um novo acordo fronteiriço que dava o controlo de um reservatório de água doce ao Uzbequistão. Tal como outros, Rita temia que o Uzbequistão restringisse ou proibisse o acesso à água, um recurso escasso na região onde a perda de acesso poderia ter consequências devastadoras. Graças às assinaturas de muitas pessoas em Portugal e de milhares de outras no mundo inteiro, conseguimos libertar Rita Karasartova! No julgamento que decorreu a 14 de junho de 2024, Rita e as outras 21 pessoas acusadas, foram absolvidas de todos os crimes e libertadas de forma imediata.
Bernardo Caal Xol
Bernardo Caal Xol é um defensor dos direitos das comunidades indígenas, do ambiente e do direito à terra na Guatemala, que passou quatro anos injustamente preso pelas suas ações pacíficas contra a construção de duas hidroelétricas num rio essencial para a sua comunidade. Em julho de 2020, a Amnistia Internacional considerou-o um prisioneiro de consciência e iniciou uma campanha em sua defesa, tendo trabalhado o seu caso na Maratona de Cartas 2021. A pressão feita por várias ONG e por milhares de pessoas em todo o mundo teve repercussõespositivas e, a 24 de março de 2022, Bernardo Caal Xol foi libertado e pôde reunir- se com a sua esposa e duas filhas.
Germain Rukuki
Germain Rukuki é um defensor de direitos humanos burundinês, de sorriso largo e afável, que foi detido em casa em julho de 2017 e sentenciado a 32 anos de prisão pelo seu trabalho pacífico em matéria de direitos humanos. Após cumprir mais de quatro anos de sentença, uma decisão do tribunal de recurso reduziu a sua pena para apenas um ano, pelo que foi imediatamente libertado em junho de 2021. Foi só nesta altura que Germain pôde conhecer o seu terceiro filho, já que a sua esposa se encontrava grávida quando foi preso. O seu caso integrou a Maratona de Cartas de 2020, no qual mais de 430.000 pessoas se mobilizaram para ajudar Germain. Em Portugal, foram recolhidas mais de 28 mil assinaturas.
Aleksandra Skochilenko
Injustamente detida por se opor à invasão russa da Ucrânia ao substituir as etiquetas dos preços de vários produtos num supermercado local em São Petersburgo por papéis com informações sobre o bombardeamento russo ao teatro de Mariupol na Ucrânia, Aleksandra Skochilenko foi libertada em agosto de 2024. Tudo graças às milhares de pessoas em Portugal e no mundo que se mobilizaram e que contribuiram para que Aleksandra (Sasha) fosse libertada.