4 Junho 2013

É difícil esquecer as imagens do Exército chinês a reprimir violentamente os manifestantes desarmados que ocuparam a Praça de Tiananmen, a 3 e 4 de junho de 1989. Mais de duas décadas depois, as autoridades chinesas continuam a não querer investigar os acontecimentos.

Enquanto a China tem demonstrado capacidade de se adaptar aos desenvolvimentos económicos, continua a resistir a aplicar reformas que melhorem os direitos humanos e a ser pouco tolerantes para com o trabalho dos que os defendem, de que é exemplo Liu Xia, mulher do Nobel da Paz Liu Xiaobo, em detenção domiciliária ilegal.

A perseguição aos ativistas e às suas famílias é uma constante no país, incluindo todos aqueles que pedem às autoridades que realizem um inquérito à repressão violenta de 1989. Tentativas de assinalar, discutir ou exigir justiça para o que aconteceu há 24 anos continuam a ser controladas recorrendo à força. Os acontecimentos de Tiananmen são tabu na China. Não é permitido discutir o assunto publicamente.

Na altura em que se assinala mais um ano passado sobre o Massacre, a Amnistia Internacional reitera o pedido para que as autoridades chinesas realizem um inquérito aberto e independente aos acontecimentos e compensem as vítimas. Apela ainda que sejam garantidos aos cidadãos chineses o direito à liberdade de expressão, associação e reunião – direitos plasmados na Declaração Universal dos Direitos Humanos e protegidos pela Constituição chinesa e pela nova Lei Processual Penal.

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