30 Junho 2015

O Núcleo de Viseu da Amnistia Internacional, em parceria com o grupo desportivo Correr Viseu, lança o desafio de pôr pés ao caminho numa corrida e marcha esta quarta-feira, 1 de julho, no âmbito da campanha STOP Tortura, da organização de direitos humanos.

O evento tem hora de partida para as 19h30 no Rossio de Viseu e é composto pela vertente corrida e também pela de caminhada, nos moldes do que o Correr Viseu organiza nos seus treinos semanais. Esta corrida/marcha é de participação livre e o Núcleo de Viseu chama todos a darem também largas passadas também aqui no combate à tortura.

A Amnistia Internacional convida também todos os participantes a registarem os km corridos e caminhados na ação nacional “Correr contra a Tortura”, lançada sexta-feira, 26 de junho, Dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura.

A organização de direitos humanos mantém há décadas um trabalho consistente a nível global pela erradicação da tortura, que continua a ser usada em muitas partes do mundo para intimidar, punir e extrair “confissões”, infligindo dor e vencendo toda a resistência física, psicológica e emocional de seres humanos. A campanha STOP Tortura, lançada em 2014, desenvolveu várias investigações sobre as práticas de tortura com enfoque em cinco países em particular: México, Filipinas, Marrocos e Sara Ocidental, Nigéria e Uzbequistão.

Neste último país o recurso à tortura e outros maus-tratos é desenfreado e tem um “papel principal” no sistema judicial e na repressão que o Governo exerce sobre todos e qualquer grupo tido como uma ameaça à segurança nacional. A investigação feita pela Amnistia Internacional no Uzbequistão revela e alerta que a polícia e as forças de segurança recorrem com frequência à tortura para extraírem confissões, intimidar famílias inteiras ou como ameaça para extorquirem subornos.

 

A Amnistia Internacional insta as autoridades do Uzbequistão, país signatário de vários tratados de direitos humanos que proíbem a tortura, a porem fim a esta prática cruel e desumana. Junte-se a este esforço e assine a petição em que se apela ao chefe de Estado uzbeque para que emita um decreto presidencial que obrigue à reforma do Código de Processo Penal do país, consagrando a proibição absoluta e explícita do uso da tortura e a inadmissibilidade de quaisquer testemunhos ou provas em tribunal que tenham sido obtidos daquela forma.

 

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