21 Agosto 2012

Um relatório realizado pela Vedanta, gigante da indústria mineira sediada no Reino Unido, em resposta às críticas de violações de Direitos Humanos relacionadas com o projeto da empresa de expandir uma refinaria e um empreendimento conjunto de extração de bauxite em Orissa, na Índia, leva a Amnistia Internacional a alertar para a diferença entre as afirmações da empresa e a realidade no terreno.

“O verdadeiro teste ao desempenho da Vedanta é o seu passado de Direitos Humanos no terreno. Os indícios recentes do que sucede nas comunidades em Orissa traçam a imagem de uma empresa que não resolve um grande número de violações de Direitos Humanos”.

“O desempenho da Vedanta fica aquém dos padrões internacionais para empresas mineiras. Recusa-se a consultar adequadamente as comunidades afetadas e ignora os direitos dos povos indígenas”, afirma Ramesh Gopalakrishnan, investigador da equipa do Sul da Ásia da Amnistia Internacional.

“O relatório Vedanta Perspective encobre a maioria das denuncias feitas pela Amnistia Internacional, e a Vedanta precisa de ir muito mais longe para convencer os que a criticam que está mesmo a mudar a sua abordagem. A Vedanta precisa de ver a realidade dos Direitos Humanos – e pressão por parte dos investidores pode ajudar a conseguir isto”.

“Não são só as organizações como as ONG que estão preocupadas com os maus hábitos da Vedanta – mas também autoridades indianas como a Comissão Nacional de Direitos Humanos, que investigou as operações em Orissa”.

Na terça-feira dia 28 de agosto – dia da Assembleia Geral anual da Vedanta – a Amnistia Internacional irá publicar um documento sobre a situação atual em Orissa e o impacto negativo que as operações comerciais da empresa continuam a ter. Este documento irá focar os principais pontos do relatório que a Vedanta publicou a 20 de agosto.

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