10 Outubro 2011

Cinco anos depois do homicídio de Anna Politkovskaya, a jornalista investigadora,  poucos progressos têm sido feitos para aumentar a segurança dos jornalistas ou defensores dos direitos humanos que ousam expor abusos ou desafiar a autoridade na Rússia, afirmou a Amnistia Internacional no dia 7 de Outubro.

“Na Rússia, jornalistas, defensores dos direitos humanos e activistas da sociedade civil são perseguidos e muitas vezes assassinados por causa do seu trabalho. Isto não pode ser tolerado. Os ataques não estão a ser inteira e imparcialmente investigados e os perpetradores não estão a ser levados à justiça”, afirmou John Dalhuisen, Vice-Director do Programa para a Europa e Ásia Central.   

“A menos e até que estas vozes críticas recebam o reconhecimento e a protecção que necessitam – e a têm direito – a Rússia não conseguirá alcançar a sociedade civil que precisa. No seu lugar, corrupção, abuso de poder e violações dos direitos humanos irão continuar a prosperar.”

Enquanto tem havido algum progresso com a investigação sobre o homicídio de Anna Politkovskaya, no dia 7 de Outubro de 2006, não existem ainda garantias de que todos os envolvidos, incluindo as pessoas que ordenaram este crime, serão levadas à justiça.

Os defensores dos direitos humanos, jornalistas e activistas da sociedade civil continuam a enfrentar ameaças e perseguição pelo seu trabalho corajoso descobrindo abusos dos direitos humanos e corrupção em toda a Rússia.

Desde 2006, vários defensores dos direitos humanos, jornalistas e advogados dos direitos humanos, têm sido atacados e severamente agredidos ou assassinados. Apenas os homicídios do advogado Stanislav Markelov e da jornalista Anastasia Baburova foram devidamente investigados e os perpetradores condenados. Outros casos, incluindo o rapto e homicídio da defensora dos direitos humanos Natalia Estemirova, as violentas agressões do jornalista do Diário Kommersant, Oleg Kashin, ou o chefe-redactor do jornal de noticias Khimkinskaia Pravd, Mikhail Beketov, permanecem sem resolução.

No próximo ano, os activistas da Amnistia Internacional irão continuar a fazer campanha para que sejam feitas investigações minuciosas e imparciais sobre os ataques contra os defensores dos direitos humanos, jornalistas e activistas da sociedade civil na Rússia. Os activistas irão instar as autoridades russas para assegurarem que os defensores dos direitos humanos possam trabalhar livremente e sem receio de serem perseguidos.

“O apoio internacional forte e solidariedade para com a sociedade civil na Rússia serão vitais se quisermos ajudar a mudar o clima de impunidade e encorajar mudanças positivas”, afirmou John Dalhusien.

 

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