26 Julho 2013

O pedido de Nadezhda Tolokonnikova, de 23 anos, segundo elemento da banda punk Pussy Riot que se encontra na prisão, foi negado esta sexta-feira, 26 de julho, dois dias depois do apelo de Maria Alekhina, também da banda, ter tido o mesmo desfecho.

Mais de 35.000 ativistas assinaram o apelo global da Amnistia Internacional pelas duas cantoras (incluindo 1.012 assinaturas que seguiram diretamente de Portugal) e juntaram-se a uma centena de músicos que pediram a libertação das cantoras (ver notícia).

Contudo, ambas vão continuar a cumprir a pena de dois anos de prisão por terem cantado uma canção de protesto sobre o Presidente Vladimir Putin numa Igreja ortodoxa, a 21 de fevereiro de 2012. Nadezhda já fez saber que vai continuar a apelar judicialmente.

As decisões desta semana voltam a mostram que o país está perigosamente a deslizar para uma supressão para vez maior da liberdade de expressão, reforça Natalia Prilutskaya, da equipa para assuntos relacionados com a Rússia da Amnistia Internacional. Recentemente foi lançada uma petição sobre esta realidade.

“As autoridades russas deviam perceber que os tempos mudaram – é impossível amordaçar a liberdade de expressão e enfraquecer a sociedade civil. A Rússia é um grande jogador no cenário mundial e para manter a sua posição, as autoridades devem cumprir as obrigações do país de defender e promover os direitos humanos”, conclui a especialista.

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