23 Abril 2019

Os ataques que chocaram o mundo contra igrejas e hotéis em três cidades do Sri Lanka, provocando mais de 300 mortos e cerca de 500 feridos, são mais um sinal sombrio da intolerância e do ódio nas sociedades atuais.

“Pedimos às autoridades que garantam que a verdade e a justiça prevaleçam para derrotar esta violência sem sentido”

Kumi Naidoo, secretário-geral da Amnistia Internacional

“A Amnistia Internacional expressa toda a solidariedade para com o Sri Lanka, neste momento de luto, e estende as mais sinceras condolências às vítimas, às famílias, aos amigos e às comunidades. Os nossos pensamentos estão com todo o povo do Sri Lanka e pedimos às autoridades que garantam que a verdade e a justiça prevaleçam para derrotar esta violência sem sentido. Estes terríveis ataques lembram-nos, outra vez, que precisamos de assumir uma posição unida contra o ódio”, afirma o secretário-geral da Amnistia Internacional, Kumi Naidoo.

Um mês depois dos ataques na Nova Zelândia, que também abalaram os nossos dias, ressalta a urgência de que os líderes mundiais reconheçam a enormidade deste problema que visa as pessoas com base na sua identidade. É importante que os Estados protejam o direito de todos à vida, bem como pratiquem a religião em paz.

“Várias minorias sofreram com violência e os políticos devem posicionar-se, de forma inequívoca, pelas sociedades pluralistas”

Kumi Naidoo, secretário-geral da Amnistia Internacional

“Hoje, as vítimas são os cristãos; há algumas semanas, foram os muçulmanos em mesquitas. Muitos outros ataques escaparam aos meios de comunicação. Várias minorias sofreram com violência e os políticos devem posicionar-se, de forma inequívoca, pelas sociedades pluralistas e pelos direitos das comunidades minoritárias”, acrescenta Kumi Naidoo.

A Amnistia Internacional defende que os líderes devem assumir toda a responsabilidade quando alimentam a demonização de grupos específicos. Além disso, têm de parar de lançar achas para a fogueira com uma retórica e políticas cheias de ódio baseadas em aspetos da identidade das pessoas, como a fé e as crenças, ou nas suas circunstâncias, caso dos migrantes e requerentes de asilo.

No Sri Lanka, as lideranças política e religiosa devem posicionar-se contra o ódio. O momento é de união e solidariedade.

“Apelamos ao governo para que tome medidas decisivas com julgamentos justos, não apenas para responsabilizar os autores ​​dos ataques de domingo, mas para desenvolver um plano claro para promover a unidade na diversidade”

Kumi Naidoo, secretário-geral da Amnistia Internacional

“O Sri Lanka já sofreu demais com a violência. Apelamos ao governo para que tome medidas decisivas com julgamentos justos, não apenas para responsabilizar os autores ​​dos ataques de domingo, mas para desenvolver um plano claro para promover a unidade na diversidade”, conclui o secretário-geral da Amnistia Internacional.

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