3 Outubro 2012

O Sudão do Sul deve atuar de imediato no sentido de pôr fim às violações de Direitos Humanos por parte das forças de segurança, tanto o exército, conhecido como SPLA, como das forças auxiliares da polícia. Ambas as forças têm sido responsáveis pelo uso de tortura, tiroteios e violência sexual, desde o início da Operation Restore Peace em março de 2012, uma campanha de desarmamento civil no estado de Jonglei.

“Longe de trazer segurança à região, o SPLA e as forças auxiliares da polícia cometeram violações chocantes de Direitos Humanos e as autoridades estão a fazer muito pouco para parar os abusos”, afirma Audrey Gaughran, Diretora da Amnistia Internacional para África.

Os investigadores da Amnistia Internacional entrevistaram várias pessoas que descreveram atos de tortura, abusos cometidos contra civis, incluindo crianças de 18 meses, relatos de violações e tentativa de violação, além de terem tido as suas terras saqueadas e as colheitas destruídas. Os civis contaram também à Amnistia Internacional que em muitas aldeias, os soldados regressaram duas e três vezes para desarmar a população: em Thangajon, por exemplo, regressaram duas vezes em julho e uma em agosto.

A Amnistia Internacional apela às autoridades sul-sudanesas que realizem investigações independentes e imparciais às alegações de ataques a civis por membros das forças armadas e que monitorizem efetivamente o processo de desarmamento civil, tendo conhecimento da detenção de cinco soldados em Pibor por terem cometido violações e homicídio, mas cujas investigações e julgamentos não prosseguiram devido à falta de recursos jurídicos. Apela também à Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul para aumentar os seus esforços para proteger civis, enviando forças de manutenção de paz para locais onde haja potencial significativo de abusos serem cometidos por parte do SPLA.

Mais informação neste relatório da Amnistia Internacional.

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