8 Novembro 2012

Um tratado histórico para regular o comércio de armas internacional ganhou o apoio de uma esmagadora maioria de Estados: 157. Uma atitude que a Amnistia Internacional considera uma potencial vitória para os Direitos Humanos a nível mundial. Os governos e líderes reunidos nas Nações Unidas votaram esta quarta-feira, 7 de novembro, a favor de finalizar o Tratado de Comércio de Armas (TCA) em março.

De entre os seis maiores exportadores de armas, apenas a Rússia se absteve de votar: os outros cinco países (Alemanha, China, EUA, França e Reino Unido) apoiaram a resolução. Nenhum Estado votou contra, apesar de o Irão ter tentado prevenir que o atual texto seja utilizado como base para completar a negociação, gesto que não foi apoiado por nenhum outro governo. Esta foi a maior demonstração de apoio alguma vez dada ao TCA.
“A seguir ao voto ressonante de hoje, se os países que mais comercializam armas mostrarem verdadeira vontade política nas negociações, estamos apenas a alguns meses de assegurar um novo tratado global que tem o potencial de impedir que as armas cheguem àqueles que violam seriamente os Direitos Humanos”, disse Brian Wood, Diretor da Campanha “Controlar as Armas” da Amnistia Internacional.
Esta é a fase final de uma campanha de 17 anos da Amnistia Internacional e dos seus parceiros para alcançar um tratado que ajude a proteger aqueles que frequentemente sofrem violações de Direitos Humanos durante as repressões e violência armada e os conflitos. A Conferência Final das Nações Unidas acerca do TCA terá lugar em Nova Iorque, entre 18 e 28 de março de 2013.

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