14 Fevereiro 2013

Ataques da polícia aos defensores de direitos humanos levantam dúvidas sobre a capacidade do país para levar a cabo, de forma credível, o referendo constitucional previsto para 16 de março e as eleições previstas para julho, diz a Amnistia Internacional após a agressão e detenção de vários manifestantes pacíficos.

Oito mulheres do movimento feminino para a justiça social, Women of Zimbabwe Arise (WOZA), foram ontem detidas à porta do Parlamento em Harare quando entregavam rosas e ursos de pelúcia, quando participavam na manifestação anual que realizam no Dia de São Valentim. As detenções ocorreram após a polícia ter lançado gás lacrimogénio e agredido as manifestantes. Um homem que fotografou as detenções foi também preso. Mais tarde, foram todos libertados sem acusação.
 
“Este incidente recente fez disparar mais um sinal de alarme sobre o respeito pelos direitos, internacionalmente reconhecidos, de liberdade de expressão, associação e reunião pacífica”, diz Noel Kututwa, Diretor da Amnistia Internacional para a África Austral. 
 
Nos últimos meses têm sido documentados vários casos de prisões arbitrárias, incluindo casos de sequestro e tortura por parte das forças policiais, e também de rusgas a organizações chave de direitos humanos.  
 
Estas violações de direitos humanos levadas a cabo pela polícia “vão contra os apelos à tolerância feitos pelo Presidente Mugabe e pelo Primeiro-ministro Tsvangirai”, diz Kututwa. “O Zimbabué está a iniciar um período crítico no seu processo de democratização e estas tentativas flagrantes para silenciar e intimidar os críticos devem acabar”, acrescenta. 
 
 

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