7 Abril 2009

Segundo fontes iranianas, a execução de Delara Darabi, uma iraniana de 22 anos, foi adiada no seguimento da decisão do presidente do poder judicial. A execução foi adiada por 2 meses devido à atenção maciça que o caso da Delara obteve, tanto a nível nacional como internacional.

“A atenção nacional e internacional no caso da Delara foi decisiva no adiamento da execução” disse Mahmood Amiry-Moghaddam, porta-voz de uma organização de direitos humanos do Irão. “Também demonstra que as autoridades iranianas, ao contrário da família da vítima, têm a possibilidade e o poder de acabar com as execuções” ele acrescentou.

Foi dada muita atenção à família de Mahin, uma senhora de 58 anos que foi assassinada em 2003, assassínio esse de que Delara é acusada e sentenciada à pena de morte. As autoridades iranianas alegam que a vida de Delara está nas mãos da família da vítima e que, se a família da vítima aceitar, a sentença de morte pode ser substituída por uma indemnização.

 “A família da vítima já perdeu um ente querido e do que precisam é da nossa compaixão e não do sentimento de culpa que acarreta a decisão de executar ou não uma jovem” disse Amiry-Moghaddam, “As autoridades iranianas deviam ser responsabilizadas pela execução de delinquentes menores, execução essa que se traduz numa grave violação dos deveres internacionais do Irão”.

O Irão foi o único país que executou delinquentes juvenis em 2008, ano no qual foram executados pelo menos 8 menores. Em 2009, até à data, registou-se a execução de um menor e outros 150 encontram-se nos corredores da morte no Irão.

 A Amnistia Internacional emitirá em breve uma Acção Urgente actualizada sobre o caso de Delara Darabi e agradece a todos os que enviaram apelos.  

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