17 Setembro 2020

A Amnistia Internacional Portugal lançou, esta quinta-feira, o projeto “Eu Jogo Pelos Direitos Humanos”. Trata-se de uma iniciativa inédita de consciencialização para os Direitos Humanos através do desporto e, numa primeira fase, focada no futebol, que junta entidades governamentais, a Federação Portuguesa de Futebol, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, associações de jogadores, treinadores e árbitros, entre outros parceiros.

“O desporto pode afirmar-se como exemplo de um mundo mais justo, por ser inclusivo e multicultural. Mas isso depende de todos: adeptos com mais respeito que se demarcam de todas as manifestações de ódio, clubes com mais noção da sua responsabilidade social, atletas e equipas técnicas que utilizam a sua influência mediática com mais força para que todas as pessoas, em todo o mundo, possam usufruir de Direitos Humanos”

Pedro A. Neto, diretor-executivo da Amnistia Internacional Portugal

Tendo em conta o clima de violência, racismo, intimidação e ameaças à integridade física (pessoal e familiar), bem como o discurso de ódio sentido por agentes desportivos ou casos de tráfico de seres humanos, a Amnistia Internacional fez um apelo de envolvimento numa afirmação comum: “Eu Jogo Pelos Direitos Humanos”.

A dar a cara por este projeto estão o selecionador nacional Fernando Santos e vários internacionais portugueses, como João Félix, Bernardo Silva, José Fonte, Trincão, Ricardo Quaresma, Éder, Rui Patrício, Renato Sanches, entre outros nomes. A lista completa, que junta também internacionais A de futebol feminino, internacionais de futsal, feminino e masculino, árbitros e outras personalidades do mundo do desporto, pode ser encontrada em anexo.

Por ser inclusivo, multicultural e influente na nossa sociedade, o desporto deve ser aproveitado para a promoção da igualdade, justiça e respeito pelo outro. Desta forma, o projeto “Eu Jogo Pelos Direitos Humanos” pretende, com o apoio e esforço conjunto de entidades do setor desportivo e outros parceiros, abrir caminho a uma reflexão a partir dos artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

“O projeto ‘Eu Jogo Pelos Direitos Humanos’ aposta num esforço de equipa, entre entidades governamentais, agentes desportivos, empresas, adeptos e público em geral para centrar o debate nos problemas existentes, promover mudanças de atitudes e reforçar a educação para os Direitos Humanos”

Pedro A. Neto, diretor-executivo da Amnistia Internacional Portugal

Ao longo da época 2020/2021, a Amnistia Internacional e as entidades parceiras do projeto vão promover um conjunto de ações de sensibilização e educação para os Direitos Humanos no âmbito de diversas modalidades. Estas iniciativas são destinadas a agentes desportivos, adeptos e público em geral.

“O desporto pode afirmar-se como exemplo de um mundo mais justo, por ser inclusivo e multicultural. Mas isso depende de todos: adeptos com mais respeito que se demarcam de todas as manifestações de ódio, clubes com mais noção da sua responsabilidade social, atletas e equipas técnicas que utilizam a sua influência mediática com mais força para que todas as pessoas, em todo o mundo, possam usufruir de Direitos Humanos”, começa por explicar o diretor-executivo da Amnistia Internacional Portugal, Pedro A. Neto.

“No caso particular do futebol, como jogo de arte coletiva, junta capacidades, habilidades e culturas diferentes, trabalhando-se em conjunto e união para alcançar a vitória, jogo a jogo. É isso que queremos que seja transposto para a sociedade e para os direitos humanos”

Pedro A. Neto, diretor-executivo da Amnistia Internacional Portugal

O responsável alerta que “o desporto espelha a sociedade no seu melhor e no seu pior, e, infelizmente, tem potenciado comportamentos, práticas e ideais que promovem racismo, discriminação, violência e discurso de ódio, dentro e fora do campo”. “O projeto ‘Eu Jogo Pelos Direitos Humanos’ aposta num esforço de equipa, entre entidades governamentais, agentes desportivos, empresas, adeptos e público em geral para centrar o debate nos problemas existentes, promover mudanças de atitudes e reforçar a educação para os Direitos Humanos também no contexto desportivo”.

“No caso particular do futebol, como jogo de arte coletiva, junta capacidades, habilidades e culturas diferentes, trabalhando-se em conjunto e união para alcançar a vitória, jogo a jogo. É isso que queremos que seja transposto para a sociedade e para os direitos humanos: um trabalho coletivo e de todas as pessoas para um mundo melhor”, conclui Pedro A. Neto.

Entre os parceiros institucionais e organizações desportivas que associam estão: Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, Secretaria de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Autoridade de Prevenção e Combate à Violência no Desporto, Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial, Instituto Português do Desporto e Juventude, I. P./Plano Nacional da Ética no Desporto, Federação Portuguesa de Futebol, Liga Portuguesa de Futebol Profissional/Fundação do Futebol, NOS, Sport TV, Olivedesportos e Altice, entre outros.

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