2 Dezembro 2022

A Amnistia Internacional – Portugal realizou hoje, 30 de novembro, uma ação de ativismo em homenagem a Aleksandra Skochilenko, a jovem russa que foi detida após ter substituído as etiquetas dos preços de vários produtos num supermercado em São Petersburgo por papéis com informações sobre o bombardeamento russo ao teatro de Mariupol, na Ucrânia. Para dar a conhecer o seu caso, a secção portuguesa da Amnistia Internacional colocou hoje etiquetas ao lado dos preços em vários supermercados, com informação sobre a situação de Aleksandra e um QR Code direccionado a uma petição pela sua liberdade imediata. A ação decorreu em vários supermercados por todo o país, nomeadamente em Lisboa, Almada, Barreiro, Viana do Castelo, Paços de Ferreira, Santarém, Estremoz, Porto, Entroncamento, Oliveira de Azeméis, Odivelas, Ponta Delgada, Queluz, Horta, Sousel, Ferreira do Zêzere e Moimenta da Beira.

A 31 de março de 2022, Aleksandra decidiu desafiar a repressão severa à liberdade de expressão que se faz sentir na Rússia e trocou algumas etiquetas de preços de um supermercado local por papéis informativos sobre os ataques russos perpetrados na Ucrânia

A 31 de março de 2022, preocupada com a invasão russa da Ucrânia, Aleksandra decidiu desafiar a repressão severa à liberdade de expressão que se faz sentir na Rússia e trocou algumas etiquetas de preços de um supermercado local por papéis informativos sobre os ataques russos perpetrados na Ucrânia. Esta ação culminou na sua detenção, a 11 de abril de 2022, sob as acusações de “disseminação pública de informação reconhecidamente falsa sobre o uso das Forças Armadas da Federação Russa” – um novo artigo no código penal introduzido pelo governo russo, em março de 2022, com vista a impedir que a população russa critique a invasão à Ucrânia. Permanece detida em condições desumanas, recebendo ameaças por parte dos funcionários do centro de detenção e colegas de cela e, por ser celíaca, não tem acesso à comida sem glúten de que precisa durante a maior parte do tempo.

Aleksandra Skochilenko

 

“Com esta ação, a Amnistia Internacional – Portugal relembra a coragem de Aleksandra Skochilenko e a sua determinação em trazer a público informações sobre a invasão da Rússia à Ucrânia, num país onde a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa e de reunião pacífica são severamente restringidas. Não ficaremos em silêncio até que Aleksandra e todas as pessoas injustamente detidas, apenas por exercerem os seus direitos de forma pacífica, sejam libertadas”, refere Paulo Fontes, diretor de campanhas da Amnistia Internacional – Portugal.

“Queremos a merecida liberdade para Aleksandra Skochilenko, detida por ter criticado a guerra na Ucrânia. Todas as pessoas têm direito a expressar as suas opiniões. Todas as acusações devem ser retiradas e ela deve ser imediata e incondicionalmente libertada”, conclui Paulo Fontes, diretor de campanhas da Amnistia Internacional – Portugal.

“A Amnistia Internacional – Portugal relembra a coragem de Aleksandra Skochilenko e a sua determinação em trazer a público informações sobre a invasão da Rússia à Ucrânia, num país onde a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa e de reunião pacífica são severamente restringidas”

Paulo Fontes

O caso de Aleksandra Skochilenko foi um dos escolhidos para a Maratona de Cartas 2022, o maior projeto global de ativismo que, ano após ano, mobiliza milhões de pessoas em todo o mundo, desafiando-as a assinarem petições e escreverem mensagens de solidariedade, em prol da defesa de pessoas e comunidades em risco. Aleksandra é uma destas pessoas.

Por todo o país, em vários supermercados, as pessoas ficarão a conhecer o nome e a história de AleksandraSkochilenko podendo, através do QR Code, assinar a petição para a sua libertação.

 

Algumas fotografias da ação:

Agir Agora

Aleksandra Skochilenko: presa por se opor à invasão russa da Ucrânia

Aleksandra Skochilenko: presa por se opor à invasão russa da Ucrânia

Preocupada com a invasão russa da Ucrânia, Aleksandra decidiu agir. Agora, é ela que precisa da nossa ação.

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