28 Agosto 2012

Outubro de 2010
Birtukan Mideksa, líder do partido da União de Democracia e Justiça, foi libertada após dois anos na prisão de Kaliti, nos arredores de Addis Ababa, capital da Etiópia. Em 2005, Birtukan participou nas manifestações contra a alegada fraude nas eleições, que indicaram pela terceira vez Meles Zenawi para Primeiro-Ministro. Os protestos foram violentamente dispersados pelas forças de segurança, resultando em 187 mortos e 765 feridos entre os manifestantes e seis entre a força policial. A líder partidária foi detida em Novembro de 2006, acusada de traição, e sentenciada a prisão perpétua. No entanto, viria a receber um perdão e foi libertada pelo governo, 18 meses após a sua detenção. Um perdão foi negociado e Birtukan assinou várias cartas com pedidos de desculpas.

Em 2008, o Governo considerou que esta ex-juíza e advogada violou o acordo do perdão, ao falar numa conferência na Suécia sobre o processo que levou à sua libertação. A Amnistia Internacional considerou-a uma prisioneira de consciência, detida apenas por exercer de forma pacífica o seu direito à liberdade de expressão e de associação. A detenção de Birtukan impediu a líder da oposição de concorrer às eleições que tiveram lugar na Etiópia, em Maio de 2010.
A libertação de Birtukan Mideska surge no seguimento da campanha da Amnistia Internacional em seu nome e das negociações com a Etiópia. Obrigado a todos os activistas que participaram no nosso apelo divulgado no número 4 do “Notícias da Amnistia Internacional Portugal”. A Amnistia Internacional agradece o apoio demonstrado um pouco por todo o mundo. Juntos conseguimos fazer a diferença.

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