22 Setembro 2011

(Atlanta) – No seguimento do anúncio de que o Estado de Geórgia executou Troy Anthony Davis, Larry Cox, Director Executivo da Amnistia Internacional dos Estados Unidos da América (EUA), fez a seguinte declaração:

“O sistema de justiça dos EUA foi fortemente abalado pela execução, no Estado de Geórgia, de uma pessoa que podia ser inocente. Matar um homem perante esta enorme nuvem de dúvidas é horrendo e equivale a uma falha catastrófica do sistema de justiça. Muitos tribunais examinaram este caso, a marcha para a câmara de morte abrandou, mas nunca parou. A justiça pode ser cega, mas neste caso, o sistema de justiça fechou os olhos aos factos.

“O Estado de Geórgia já provou que o poder de condenar à pena de morte é um poder demasiado grande para dar a um governo. As instituições humanas são propensas a preconceitos e erros a quem não pode ser confiado um poder equivalente a Deus. A pena de morte é uma violação dos direitos humanos quer seja aplicada ao culpado ou ao inocente e deve ser abolida.

“Os nossos corações estão pesados, mas não perdemos o nosso espírito de desafio. Milhões de pessoas por todo o mundo conhecem agora o caso de Troy Davis e assistem à falibilidade do sistema de justiça norte-americano. Este caso captou a consciência americana e aumentou a oposição à pena de morte, a Amnistia Internacional vai aproveitar este momento para pôr fim a esta prática injusta. “

A Amnistia Internacional é uma organização de base activista que já recebeu um Prémio Nobel da Paz, conta com mais de três milhões de apoiantes, activistas e voluntários em mais de 150 países, que faz campanha pelos direitos humanos em todo o mundo. A organização investiga e expõe abusos, educa e mobiliza o público e trabalha para proteger as pessoas onde quer que a justiça, a liberdade e a dignidade sejam negadas.

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