Esta petição foi encerrada.
Boas notícias! No dia 8 de outubro de 2021, todas as 19 pessoas envolvidas neste processo foram absolvidas! Para este desfecho contribuiu a ação de mais de 445.000 pessoas que assinaram esta petição em defesa do Grupo de Solidariedade LGBTI+ da Universidade Técnica do Médio Oriente (METU), das quais mais de 19.000 são de Portugal . Todas as assinaturas foram entregues às autoridades turcas, inclusive em Portugal.
Muito obrigada pela vossa ação.
Em baixo, pode recordar o apelo da Amnistia Internacional.
ver petições ativas
Desde o primeiro dia que os estudantes de biologia Melike Balkan e Özgür Gür se dedicam a defender os direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo (LGBTI+) na sua Universidade.
Enquanto proeminentes membros do Grupo de Solidariedade LGBTI+ da Universidade Técnica do Médio Oriente (METU), em Ancara, têm organizado inúmeras marchas, encontros e outras iniciativas, mobilizando cada vez mais pessoas contra a brutal repressão à sociedade civil na Turquia.
Fundado em 1996, o Grupo de Solidariedade LGBTI+ organiza vários eventos, entre os quais a marcha anual do orgulho LGBTI+. A marcha, que acontece nessa universidade desde 2011 e que todos os anos cresceu em tamanho e visibilidade, estava marcada para o dia 10 de maio de 2019. Mas, nesse ano, tudo mudou. Mesmo não existindo nenhuma lei ou norma que proibisse a marcha (e tendo até um tribunal administrativo declarado ser inconstitucional proibir este tipo de eventos, já em 2017) a universidade não permitiu que os estudantes organizassem este evento.
Temos de compreender o que o Pride [marcha de orgulho LGBTI+] significa para as pessoas. No Pride podes ser tu mesmo/a, totalmente. Isso é um sentimento importante e com um enorme poder terapêutico.
Özgür Gür
Decididos a não ficar em silêncio, os membros do Grupo organizaram um protesto pacífico em que os participantes se sentaram no chão do campus. Em resposta, a universidade chamou a polícia, que respondeu com força excessiva contra os estudantes, chegando mesmo a recorrer a gás lacrimogéneo. As autoridades detiveram pelo menos 23 estudantes – incluindo Melike e Özgür – e um académico, sendo que alguns dos detidos nem sequer participaram no protesto. Neste momento, apesar de apenas terem exercido o seu direito a protestarem pacificamente, 18 estudantes e um académico enfrentam julgamento.
Se considerados culpados, arriscam-se a uma condenação de até 3 anos de prisão.
Ao longo de 2020 decorreram audiências em tribunal e, em 2021, a pandemia obrigou ao adiamento de outras. Até que exista um desfecho justo, iremos continuar a enviar as assinaturas e a fazer pressão ao ministro da Justiça na Turquia, Abdülhamit Gül, para que todas as acusações sejam retiradas. Defender os direitos humanos não pode ser considerado crime. Estes jovens não fizeram nada de errado.
Todas as assinaturas serão enviadas pela Amnistia Internacional.
Letter content
Dear Minister of Justice
Mr. Abdülhamit Gül,
Biology students Melike Balkan and Özgür Gür are among a group of 19 people facing up to three years in prison for exercising their right to peaceful assembly.
On 10 May 2019, a Pride sit-in at Middle East Technical University was violently broken up by police. Melike, Özgür and 21 others were detained; they and 17 among the detained are now on trial.
As Minister of Justice, you know that participating in a peaceful gathering is not a crime. I call on you to monitor the case to ensure they are acquitted of all charges.
Yours sincerely,
Texto da carta a enviar
Caro ministro da Justiça,
Sr. Abdülhamit Gül
Os estudantes de biologia Melike Balkan e Özgür Gür estão entre o grupo de 19 pessoas que se arrisca a uma condenação de até três anos de prisão por terem exercido o seu direito à liberdade de reunião pacífica.
No dia 10 de maio de 2019, um protesto pacífico pela defesa do orgulho LGBTI+ foi violentamente interrompido pela polícia, sendo que os manifestantes estavam apenas sentados. Melike, Özgür e outras 21 pessoas foram detidas.
Neste momento, Melike, Özgür e outras 17 pessoas estão em julgamento.
Enquanto ministro da Justiça sabe que participar numa reunião pacífica não é um crime. Apelo a que monitorize o caso e garanta que são absolvidos de todas as acusações.
Atentamente,