17 Junho 2013

Centenas de pessoas estão sob custódia da polícia turca no seguimento das manifestações que ocorreram sábado à noite e domingo.

“Depois de uma violência policial chocante, as autoridades estão a negar aos detidos acesso a processos judiciais adequados. A polícia deve libertar de imediato os manifestantes ou divulgar a sua localização e permitir que familiares e advogados os possam contactar”, disse Andrew Gardner, investigador da Amnistia Internacional para a Turquia, que está a acompanhar os acontecimentos em Istambul.

Ao longo dos protestos que decorrem há três semanas, a Amnistia tem recebido relatos de manifestantes que foram agredidos durante o período e o momento da detenção e a quem foi negado o acesso a comida, água e a casas-de-banho durante mais de 12 horas. O facto de não estar a ser revelada a localização dos manifestantes detidos este fim-de-semana pode significar que estão a receber maus tratos por parte da polícia.

O investigador da Amnistia Internacional estava na Praça Taksim na noite de sábado e testemunhou que os protestos decorriam de forma pacífica e que intervenção policial violenta não teve justificação. “Pequenos grupos de manifestantes cantavam slogans em diferentes zonas da Praça Taksim. A polícia começou por avisar as pessoas para que deixassem a praça e depois atacou-as com gás lacrimogéneo, canhões de água e explosivos, forçando-as a deixarem o local”.

Também alvo das forças policiais têm sido os médicos que tratam os manifestantes. Sábado à noite a polícia chegou a disparar gás lacrimogéneo diretamente para um hospital em Harbiye, onde muitas pessoas estavam a ser tratadas. O Ministro da Saúde referiu já que as instalações médicas improvisadas são ilegais e que os médicos podem ser processados.

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