A cimeira do Conselho Europeu sobre as comunidades roma e ciganas, que decorreu na passada sexta-feira, 4 de abril, em Bruxelas, trouxe um assentimento unânime do peso das autoridades locais no que toca à inclusão destas pessoas. Este é um fator repetidamente apontado pela Amnistia Internacional que amanhã, Dia Internacional das Comunidades Ciganas, divulga a mais recente investigação feita à situação destas comunidades na Europa.

Numa comunicação apresentada ao Conselho e à Comissão europeus, a European Roma Policy Coalition, de que a Amnistia Inetrnacional faz parte, sublinha que infelizmente poucos efeitos tangíveis e sustentáveis foram alcançados na inclusão daquelas comunidades. E insta os estados membros da União Europeia a mostrarem uma clara vontade política e determinação em pôr fim à discriminação e promover efetivamente a integração social.

Naquela reunião, os membros do Conselho Europeu e da Comissão Europeia, com a participação da Fundação Open Society, acordaram na conclusão crucial de que a ajuda à inclusão das comunidades roma e ciganas deve ter a sua prioridade a nível local. “A triste realidade é que a maior parte dos cerca de dez milhões de roma e ciganos na Europa continuam a viver segregados e em acentuada pobreza”, salientou então o secretário-geral do Conselho Europeu, Thorbjørn Jagland.

Amanhã mesmo esse retrato de segregação, discriminação e ódio racial contra as comunidades ciganas é posto a nu com a publicação do novo relatório da Amnistia Internacional, que incide especialmente na realidade vivida pelas comunidades roma e ciganas na Grécia, França e República Checa.