- Rússia deve parar de imediato com ataques indiscriminados contra a Ucrânia
- Apelo à justiça e a reparações para vítimas de agressão russa
- Maior ataque com mísseis e drones desde o início da invasão
A Amnistia Internacional defendeu que a Rússia deve parar imediatamente a sua campanha de ataques indiscriminados contra a Ucrânia. Atacar civis e infraestruturas é um crime de guerra, denunciou a AI. A organização apelou à verdade, à justiça e a reparações justas para as vítimas da agressão russa.
Esta posição, defendida nas redes sociais pela Amnistia Internacional, segue-se ao ataque em larga escalada lançado pela Rússia na madrugada de 7 de setembro. Foi o maior ataque com mísseis e drones contra a Ucrânia, desde o início da invasão que teve início há mais de três anos. As forças russas dispararam mais de 800 projéteis em todo o país, incluindo a capital, Kiev.
Na capital ucraniana, uma jovem mãe e o seu bebé de 2 meses foram mortos, entre outras vítimas fatais. Outras 18 pessoas ficaram feridas, de acordo com relatos das autoridades ucranianas à comunicação social. Muitos civis também ficaram sem gás, depois de a infraestrutura ter sido alvo de ataques.
Na capital ucraniana, uma jovem mãe e o seu bebé de 2 meses foram mortos, entre outras vítimas fatais. Outras 18 pessoas ficaram feridas. Muitos civis também ficaram sem gás, depois de a infraestrutura ter sido alvo de ataques.
Além das vítimas, na sequência do ataque, um incêndio deflagrou num edifício governamental, no distrito de Pechersk, onde estão localizados os edifícios do Governo, incluindo os gabinetes dos ministros. “Pela primeira vez, um edifício governamental foi atingido por um ataque inimigo, incluindo o telhado e os andares superiores”, afirmou a primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, acrescentando que o edifício “será restaurado, mas as vidas perdidas não podem ser recuperadas”.
O presidente da Câmara de Kiev, Vytaly Klitschko, relatou que vários destroços de drones russos atingiram edifícios residenciais de quatro andares nos distritos de Sviatoshynskyi e Darnytskyi.
Recorde-se que, a 24 de fevereiro, por altura do terceiro aniversário da invasão em grande escala da Rússia, Agnès Callamard, secretária-geral da Amnistia Internacional, exigiu “justiça, responsabilização e reparação — bem como uma participação significativa no processo de paz — para os civis ucranianos raptados pelos serviços de segurança russos, para os prisioneiros de guerra torturados e condenados ilegalmente, para as crianças ameaçadas por estudarem ucraniano, para os professores da Ucrânia ocupada pela Rússia sujeitos a trabalhos forçados em escolas reabertas com um currículo russo, para os tártaros da Crimeia e outras minorias que enfrentam uma repressão brutal à medida que a Rússia procura alterar a demografia dos territórios ocupados”.
Contexto
A Amnistia Internacional documentou violações generalizadas dos direitos humanos e do direito humanitário na Ucrânia desde o início da invasão em grande escala da Rússia, a 24 de fevereiro de 2022, incluindo atos que constituem crimes de guerra e provavelmente crimes contra a humanidade. A invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia constitui uma agressão, que é um crime ao abrigo do direito internacional.
A sua estratégia e táticas, incluindo o uso continuado de armas indiscriminadas e o ataque deliberado a civis, causaram um sofrimento humano generalizado e afetaram gravemente as pessoas mais vulneráveis da Ucrânia, incluindo crianças e idosos.
Desde março de 2023, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de detenção contra o Presidente russo Vladimir Putin e vários altos funcionários russos.
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