13 Setembro 2022

Os avanços militares das forças ucranianas têm conduzido à recuperação do controlo de territórios que estiveram sob alçada russa, onde são visíveis novas provas de potenciais crimes de guerra cometidos pelos militares russos. Marie Struthers, diretora da Amnistia Internacional para a Europa Oriental e Ásia Central defende a importância e prioridade que deve ser dada à obtenção e preservação de provas destes alegados crimes:

“No que parece ser uma resposta aos progressos militares da Ucrânia, a Rússia está a atacar importantes infraestruturas civis, provocando danos significativos. Uma dessas ofensivas, a uma central elétrica, originou cortes de energia e de água e perturbou as atividades civis. Relembramos novamente a Rússia que os ataques deliberados a infraestruturas civis podem constituir crimes de guerra. Como tal, devem ser investigados para que se possa assegurar que qualquer pessoa suspeita de responsabilidade criminal é levada à justiça”.

“No que parece ser uma resposta aos progressos militares da Ucrânia, a Rússia está a atacar importantes infraestruturas civis, provocando danos significativos”

Marie Struthers

“A recolha e compilação destas provas é extremamente dispendiosa, pelo que apelamos ao apoio da comunidade internacional no fornecimento de recursos que ajudem os esforços da Ucrânia. Todos os julgamentos sobre alegados crimes de guerra já em curso, e também os futuros, devem respeitar as normas de julgamento justo”, remata Marie Struthers.

“A recolha e compilação destas provas é extremamente dispendiosa, pelo que apelamos ao apoio da comunidade internacional no fornecimento de recursos que ajudem os esforços da Ucrânia”

Marie Struthers

 

Contexto

Nos últimos dias, as forças ucranianas terão recuperado o controlo de mais de 3.000 km² de território que esteve ocupado pela Rússia, tais como Izium e Kupiansk, duas cidades-chave na zona de Kharkiv.

À medida que as forças russas recuam, surgem provas de alegados crimes de guerra cometidos, quer por elas, quer por grupos armados apoiados pela Rússia. As provas têm sido disponibilizadas sob a forma de testemunhos, vídeo e fotografias.

A 10 de setembro, as forças policiais ucranianas informaram que agentes da polícia tinham desenterrado os corpos de dois homens alegadamente torturados e mortos pelas forças russas na aldeia de Hrakove, na zona de Kharkiv, em março.

A 11 e 12 de setembro, os ataques militares russos danificaram infraestruturas energéticas fundamentais, que provocaram grandes perturbações no fornecimento de electricidade e água, assim como nos serviços ferroviários.

 

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