- “Agora é o momento de as autoridades de Hong Kong investigarem, de forma transparente, as causas do incêndio devastador em Tai Po, em vez de silenciarem aqueles que fazem perguntas legítimas” – Luk Chi-man
- A liberdade de expressão e de reunião pacífica são direitos humanos protegidos pela legislação internacional e de Hong Kong
- Os meios de comunicação social locais informaram que outras duas pessoas foram presas a 30 de novembro sob a acusação de “sedição”
Em resposta à prisão de um estudante de Hong Kong que lançou uma petição a exigir responsabilidades do governo após um incêndio mortal no distrito de Tai Po, Luk Chi-man, diretor executivo da Amnistia Internacional Hong Kong Overseas, defendeu: “Expressamos as nossas mais profundas condolências às famílias dos residentes, trabalhadores e bombeiros que perderam tragicamente a vida no incêndio, e desejamos uma rápida recuperação a todos os feridos”.
Para o responsável, “agora é o momento de as autoridades de Hong Kong investigarem, de forma transparente, as causas do incêndio devastador em Tai Po, em vez de silenciarem aqueles que fazem perguntas legítimas”.
Luk Chi-man disse ainda que, “mesmo enquanto choramos, não podemos ignorar a necessidade de fazer justiça às famílias afetadas, bem como de prevenir, tanto quanto possível, a repetição de tragédias semelhantes. Instamos as autoridades de Hong Kong a apurar todos os factos da tragédia da semana passada através de uma investigação completa, independente, imparcial e aberta, e a esclarecer publicamente a causa do incêndio, responsabilizar as pessoas envolvidas e divulgar todas as conclusões sem demora”.
“Instamos as autoridades de Hong Kong a apurar todos os factos da tragédia da semana passada através de uma investigação completa, independente, imparcial e aberta, e a esclarecer publicamente a causa do incêndio, responsabilizar as pessoas envolvidas e divulgar todas as conclusões sem demora.”
Luk Chi-man
E acrescentou que, “como parte desta investigação abrangente, o governo deve avaliar, de forma completa e transparente, se algum indivíduo ou funcionário do governo demonstrou negligência ou falhas regulatórias que contribuíram para a tragédia. É essencial que seja elaborado um relatório completo que analise quaisquer falhas sistémicas e políticas relacionadas com este incidente”.
Segundo Luk Chi-man, “é um direito e um dever das pessoas em Hong Kong exigir este tipo de responsabilização; mas, em vez de reconhecer isso, as autoridades de Hong Kong optaram por silenciar aqueles que levantam as suas preocupações e exigências”.
O responsável da Amnistia Internacional apontou também que “a liberdade de expressão e de reunião pacífica são direitos humanos protegidos pela legislação internacional e de Hong Kong. As autoridades de Hong Kong devem acabar com o uso indevido de leis de ‘segurança nacional´ amplamente definidas para perseguir qualquer pessoa – incluindo aqueles que se envolvem em esforços de apoio liderados pela comunidade ou que procuram divulgar ou relatar informações de interesse público”.
“É um direito e um dever das pessoas em Hong Kong exigir este tipo de responsabilização; mas, em vez de reconhecer isso, as autoridades de Hong Kong optaram por silenciar aqueles que levantam as suas preocupações e exigências.”
Luk Chi-man
“Uma sociedade saudável não deve ter apenas uma voz. As autoridades devem garantir que todos os esforços de investigação e socorro em caso de catástrofes sejam conduzidos de forma transparente e participativa. As iniciativas dos voluntários de base devem ser apoiadas, e as opiniões e necessidades do povo de Hong Kong devem ser plenamente tidas em conta”, concluiu.
Contexto
O incêndio no Wang Fuk Court, no distrito de Tai Po, em Hong Kong, deflagrou a 26 de novembro e causou pelo menos 146 mortes.
A 29 de novembro, um indivíduo que lançou uma petição a exigir responsabilização foi preso pelas autoridades de segurança nacional sob suspeita de “sedição”, de acordo com relatos da comunicação social local. O estudante universitário, que havia instado o governo a responder a “quatro exigências” após o incêndio, teria sido libertado sob fiança a 1 de dezembro.
Os meios de comunicação social locais informaram que outras duas pessoas foram presas a 30 de novembro sob a acusação de “sedição” em relação ao incêndio.
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▼⚠️ Este painel de questões relacionadas foi criado com IA mas revisto por um humano.


