16 Outubro 2012

Após uma declaração do Ministério do Interior avisando que aqueles que participem em manifestações serão acusados e “tratados firmemente” pelos membros das forças de segurança, a Amnistia Internacional apela às autoridades da Arábia Saudita que ponham fim às suas ameaças e se abstenham de deter aqueles que exercerem o seu direito a participar em protestos pacíficos.

“As autoridades sauditas devem pôr fim às suas ações frequentes para abafar as tentativas das populações de protestar contra o uso de detenções arbitrárias no país. O direito das pessoas a protestar pacificamente deve ser respeitado e as forças de segurança não devem deter ou usar força excessiva contra quem o exerça”, diz Philip Luther, Diretor do Programa da Amnistia Internacional para o Médio Oriente e Norte de África.
 
Apesar de as manifestações terem sido banidas no reino, têm tido lugar regularmente desde fevereiro de 2011. Centenas de pessoas foram presas, embora a maioria tenha sido libertada depois. Desde novembro de 2011, mais de dez homens morreram e vários outros foram feridos após terem sido baleados pelas forças de segurança durante, ou por estarem relacionados com protestos. As autoridades da Arábia Saudita declararam que as mortes e ferimentos ocorreram durante confrontos entre as forças de segurança e indivíduos que recorreram a armas de fogo ou cocktails Molotov, mas há a possibilidade de as forças de segurança terem, em pelo menos alguns casos, utilizado força excessiva e letal contra manifestantes não-armados.
 
Tem também havido um aumento de manifestações a apoiar aqueles que foram detidos, alguns sem acusação ou julgamento, em nome da “segurança”. Durante as últimas semanas, destacam-se as manifestações na capital, Riade, e na Província de Qassim.
 

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