12 Março 2012

A absolvição de um médico militar egípcio, acusado de ter levado a cabo “testes de virgindade” forçados em mulheres manifestantes, é mais uma prova de que os tribunais militares são incapazes de lidar com casos que envolvem violações de direitos humanos, defende a Amnistia Internacional.

O caso surgiu depois de uma das mulheres que foram alvo dos “testes de virgindade” em março de 2011, Samira Ibrahim, 25 anos, ter apresentado queixa.

“Mais uma vez, o exército egípcio falhou para com as mulheres, em particular para com aquelas como Samira Ibrahim, que mostrou uma tremenda coragem ao desafiar o poder militar estabelecido no Egito”, afirma Hassiba Hadj Sahraoui, vice-diretora da Amnistia Internacional para o Médio Oriente e Norte de África.

“Esta decisão não só é uma imitação da justiça como é também mais uma prova de que os casos de violações dos direitos humanos por parte de militares devem ser tratados nos tribunais civis”.

A Amnistia Internacional apela ao exército do Egito que respeite uma decisão tomada pelo tribunal administrativo de banir os “testes de virgindade” e que assegure que as mulheres que foram obrigadas a fazer estes testes tenham acesso à justiça e a reparações.
 

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