6 Setembro 2012

Realizou-se pela primeira vez no arquipélago dos Açores, na ilha de São Miguel, a marcha LGBT.

Quando foi anunciada sentiu-se o ar pesado; desde  o PP que fez disso assunto na Assembleia Regional, aos insultos num jornal local, ou em artigos de opinião, juntaram-se as centenas de mensagens homofóbicas enviadas à Pride Azores, organizadora da marcha e cujo presidente é Terry Costa.

Terry Costa afirmou que até ao dia em que a marcha saiu à rua sofreu pressão para que a data fosse alterada ou feita em local privado. Antes da marcha um senhor que chegou de outra ilha e já depois de ter alugado um quarto foi expulso do mesmo por ser “um desses maricas”.

À marcha antecederam-se conferencias e encontros que procuraram esclarecer e apagar preconceitos sobre as pessoas LGBT e que se vão estender a outras ilhas, importantes num meio pequeno e marcado pela religião e que achou inicialmente que não precisava destas marchas.

Cerca de 150 pessoas na rua, e centenas no passeio que além de assistirem começaram a caminhar ao lado da mesma, marcharam pelos direitos humanos e igualdade ou mesmo por curiosidade. Além dos padrinhos, Judite Fernandes e António Serzedelo, esteve presente Chris Frederick (Diretor executivo na empresa NYC Pride – organizadora oficial do NYC LGBT Pride).

Achamos que depois destes dias marcados pela luta da igualdade o primeiro passo foi dado mas há ainda muito para lutar nestas ilhas.   

* Por: Carolina Brito, ativista da AI Portugal e ex-recrutadora do face-to-face 

 

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