9 Julho 2013

Pelo menos 51 pessoas morreram ontem no Egito, num protesto em frente à sede da Guarda Republicana do Cairo. A Amnistia Internacional apela a que se realize urgentemente uma investigação justa, independente e imparcial a estes acontecimentos.

“Uma investigação eficaz é essencial para impedir que as autoridades repitam violações de direitos humanos.Contudo, as autoridades egípcias têm um historial fraco no que diz respeito à atribuição da verdade e da justiça em situações de violação de direitos humanos”, afirma Hassiba Hadj Sahraoui, diretora-adjunta do programa para o Médio Oriente e Norte de África da Amnistia Internacional.

“Investigações militares do passado ocultaram violações cometidas pelo exército e as autoridades recusaram-se a tornar públicas as conclusões de uma investigação sobre a morte de manifestantes. O Ministério Público do Egito passa mais tempo a acusar vozes críticas do governo do que a processar a polícia e o exército por violações de direitos humanos”.

“Num ambiente polarizado e de desconfiança, devem ser tomadas todas as medidas para que as investigações anunciadas pelas autoridades sejam independentes e imparciais. Décadas de impunidade comprometeram o Estado de Direito. Investigações efetivas, transparentes, que tragam justiça para as vítimas e para as suas famílias seriam uma forma de restaurar a confiança e ajudar à reconciliação nacional”.

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