18 Março 2015

O ataque armado em que morreram pelo menos 19 pessoas e muitas outras ficaram feridas, num museu de Tunes, capital da Tunísia, esta quarta-feira, 18 de março, revela um desrespeito absoluto pelo direito à vida, avalia a Amnistia Internacional.

A organização de direitos humanos insta as autoridades tunisinas a garantirem que todos os envolvidos no planeamento e execução deste ataque ao Museu Bardo são identificados, detidos e julgados.

“Não se pode permitir que este ataque mortífero, em si mesmo deplorável, descarrile o que muitos veem como a mais bem-sucedida transição na região de um regime autoritário para o Estado de direito e para o respeito pelos direitos humanos”, sublinha a vice-diretora da Amnistia Internacional para o Médio Oriente e Norte de África, Hassiba Hadj Sahraoui.

A perita diz que “a melhor resposta a esta atrocidade será julgar os responsáveis em julgamentos justos”. “Um regresso a medidas draconianas como as dos anos do regime de Zine el-Abidine Ben Ali, que feriam os direitos humanos, agravaria ainda mais a tragédia deste crime e seguramente que seria usado por aqueles que tentam minar o processo de transição na Tunísia”, prossegue.

As forças de segurança mataram dois dos atacantes no local, bem nas proximidades do edifício do Parlamento tunisino. As autoridades continuam em busca de cúmplices e nenhum grupo reivindicou até à altura a autoria do ataque.

O primeiro-ministro da Tunísia, Habib Essid, precisou que dois tunisinos, em que se inclui um agente da polícia, e ainda cidadãos italianos, espanhóis, polacos e alemães estão entre as vítimas mortais do ataque.

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