14 Fevereiro 2013

Dois anos após os protestos de 2011, prisioneiros de consciência continuam atrás das grades e ativistas continuam a ser presos no Bahrein simplesmente por expressarem as suas opiniões, seja através dos meios de comunicação social ou em marchas pacíficas, diz a Amnistia Internacional num documento agora publicado.

 
“O governo do Bahrein não pode continuar a prender pessoas simplesmente porque não aceitam as suas críticas. Está na altura de as pessoas detidas por exercerem a sua liberdade de expressão serem libertadas e de se pôr fim à perseguição a todos os outros ativistas”, diz Hassiba Hadj Sahraoui Vice-Diretora da Amnistia Internacional para o Médio Oriente e Norte de África.
 
As vitimas de repressão estatal afirmam que a justiça continua esquiva e as restrições à liberdade persistem apesar da reforma institucional levada a cabo recentemente. “O Bahrein corre o risco de criar apenas uma burocracia de direitos humanos se as mudanças não forem acompanhadas por uma vontade política genuína”, acrescenta Hassiba Hadj Sahraoui.
 
No mês passado a Amnistia Internacional levou a cabo uma missão ao país durante a qual se reuniu com sete prisioneiros de consciência. Todos eles tinham sido presos sob acusações falsas ou ao abrigo de leis que reprimem os seus direitos básicos. Muitos dos prisioneiros de consciência foram alegadamente torturados.
 
Em encontros oficiais com o governo do Bahrein, a Amnistia Internacional encorajou as autoridades a libertarem todos os prisioneiros de consciência, a levantar as restrições à liberdade de expressão, associação e reunião e a investigar todos aqueles que cometeram violações de direitos humanos e garantir que é feita justiça.    
 

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