27 Agosto 2012

Junho de 2009

A Amnistia Internacional criou no passado mês de Junho um apelo urgente em nome do parlamentar brasileiro do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) Marcelo Freixo, de 42 anos, e do seu assessor, Vinicius George. Os dois tinham, nesse mesmo mês, recebido ameaças de morte. Antes ainda, em Maio, um raide policial feito a uma favela do Rio de Janeiro tinha descoberto uma carta, enviada por um chefe de uma milícia a outro grupo criminoso, pedindo ajuda para o assassinato dos dois homens.

As ameaças surgiram no seguimento da nomeação do deputado para presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que durante seis meses investigou as milícias do Rio de Janeiro e o nível de envolvimento do Governo nas atividades ilícitas destes grupos criminosos, que, recorde-se, são compostos por antigos polícias, agentes prisionais e bombeiros. O relatório final ficou concluído em Dezembro do ano passado e foi enviado ao Ministério Público e ao Parlamento.
No passado mês de Junho, depois de a Amnistia Internacional e de os seus membros e apoiantes se terem envolvido no caso, Marcelo Freixo e Vinicius George receberam finalmente proteção adequada. O Secretário de Estado da Segurança Pública acrescentou ainda que esta será providenciada pelo tempo que for necessário. A somar a esta boa notícia, chegou-nos ainda outras duas: a primeira dá conta da detenção de 39 alegados membros de milícias e a segunda refere o acordo estabelecido, a 25 de Junho, entre o Ministro da Justiça, o Governador do Estado do Rio de Janeiro e a Polícia Federal no sentido de desenvolverem a legislação nacional por forma a melhorar o combate às milícias. Esta era uma das medidas sugeridas pelo relatório da Comissão de Inquérito presidida por Marcelo Freixo.

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