27 Agosto 2012

Dezembro de 2008

Na edição anterior do “Notícias” da Amnistia Internacional Portugal pedimos-lhe que participasse nos Apelos Mundiais que estavam a ser feitos em nome dos cambojanos Born Samnang, de 25 anos, e Sok Sam Oeun, de 38 anos. A fechar o ano de 2008 chegou a boa notícia: os prisioneiros foram libertados, sob fiança, às 19:30 do dia 31 de Dezembro. A libertação surge no seguimento de uma audiência no Supremo Tribunal, após recurso interposto pelos detidos já na altura da sua condenação.

Pouco tempo depois, chegava à Amnistia Internacional (AI) uma carta de agradecimento, onde se lia: “Acreditamos que este desfecho não teria sido possível sem o apoio interminável, a esperança e o encorajamento da Amnistia e de centenas dos seus membros. Obrigado pelo tempo que vos levou a escreverem as mensagens de esperança, obrigado pelos esforços feitos para as enviarem e obrigado a todos pelas palavras inspiradoras de esperança, que significaram muito para estes dois homens e para as suas famílias”.
Sok Sam Oeun e Born Samnang estiveram detidos durante quase cinco anos pelo assassinato do sindicalista Chea Vichea, tendo sido condenados a 20 anos de prisão num julgamento injusto que terminou em 2005. As únicas provas apresentadas foram as confissões dos prisioneiros, obtidas sob tortura. A Amnistia Internacional acreditou sempre que tinham sido usados como bodes expiatórios, dado o mediatismo do líder sindicalista e a urgência de encontrar culpados para o seu assassinato, que ocorreu quando passeava pelo centro de Phnom Penh, a 22 de Janeiro de 2004. Com a libertação dos cambojanos, as investigações foram retomadas, como também foi solicitado pela Amnistia Internacional. Vamos, por isso, continuar a seguir este caso.

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