24 Agosto 2011

 

A Amnistia Internacional alertou, no dia 23 de Agosto, que a luta prolongada na capital líbia de Tripoli põe em risco as vidas civis e pode potencialmente criar uma crise humanitária.
 
Os conflitos entre o Conselho de Transição Nacional e as forças leais ao Coronel Mu’ammar al-Kaddafi continuam em Tripoli, com ambos os lados a reivindicarem o controlo da maior parte da cidade.
 
“O risco para os civis aumenta a cada dia de violência em Tripoli, não apenas para as pessoas apanhadas no meio da luta, mas também porque as condições podem agravar-se se as áreas residenciais forem afectadas pelos conflitos, com o fornecimento de alimentos, água e electricidade em risco de ser atingido”, afirmou Malcolm Smart, Director da Amnistia Internacional para o Médio Oriente e Norte de África.
 
Existe também receio pela segurança das centenas de trabalhadores estrangeiros, incluindo os que tentam fugir do país, depois de um barco de socorro da Organização Internacional para a Migração ter sido impedido de atracar em Tripoli na manhã de dia 23 de Agosto por questões de segurança.
 
“Os trabalhadores estrangeiros que não conseguem abandonar a Líbia, na sua maioria provenientes de países da África Subsariana, são muito vulneráveis. Não só a situação volátil em terra os impede de fugir, mas também podem ser considerados um alvo por serem entendidos como ‘mercenários’”, acrescentou Malcolm Smart.
 
A batalha por Tripoli não demonstra sinais de cessar tão depressa, especialmente desde o aparecimento em público do filho do Coronel Mu’ammar al-Kaddafi, Saif al-Islam, que as forças do Conselho de Transição Nacional anunciaram ter capturado no dia 22 de Agosto.
 
Saif al-Islam e o Coronel al-Kaddafi, juntamente com o chefe da inteligência militar Abdallah al-Sanussi, têm um mandato de captura do Tribunal Penal Internacional por
alegados crimes contra a humanidade, incluindo homicídio e perseguição.
 
“O Coronel al-Kaddafi e outras pessoas acusadas de orquestrarem a repressão sangrenta na Líbia devem ser responsabilizados de acordo com o Direito Internacional”, concluiu Malcolm Smart.

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