8 Maio 2012

As FARC devem libertar imediata e incondicionalmente um jornalista francês mantido em cativeiro desde o dia 28 de abril, afirma a Amnistia Internacional.

Roméo Langlois foi capturado pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) durante um confronto entre o grupo armado e o exército em Caquetá, departamento no sul da Colômbia. O jornalista viajava com o exército colombiano.

Numa declaração divulgada na segunda-feira, um porta-voz das FARC evocou uma série de condições para a sua libertação, exigindo inclusivamente um debate público sobre a maneira como os meios de comunicação social cobrem o conflito no país da América do Sul.

“Embora um debate sobre a liberdade de expressão e sobre a forma como os media cobrem o conflito na Colômbia pudesse ser positivo, não deve ser usado como pretexto para manter um jornalista em cativeiro”, afirma Susan Lee, Diretora para as Américas da Amnistia Internacional.

“Langlois deve ser libertado imediatamente sem quaisquer condições e devem ser tomadas medidas para garantir que todos os jornalistas na Colômbia possam desempenhar as suas funções livremente.”

Ao longo das últimas décadas, a Amnistia Internacional documentou centenas de casos de execuções ilegais, captura de reféns, deslocamentos forçados e recrutamento de crianças às mãos de grupos guerrilheiros na Colômbia, incluindo pelas FARC e pelo Exército de Libertação Nacional (ELN).

Os grupos paramilitares e as forças de segurança, quer estejam a atuar individualmente ou em conjunto, são também responsáveis por crimes ao abrigo do direito internacional, incluindo execuções ilegais, desaparecimentos e deslocamentos forçados.

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