13 Abril 2011

A Amnistia Internacional alertou para o facto da população civil da Costa do Marfim estar em risco imediato de violações de direitos humanos massivas devido à aproximação a Abidjan de forças leais a Alassane Ouattara. 

Desde o início da semana as forças republicanas leais ao presidente reconhecido pela comunidade internacional, Alassane Ouattara, lançaram uma ofensiva contra as forças leais ao presidente Laurent Gbagbo que se recusa a ceder o poder.

A violência tem aumentado à medida que as forças republicanas avançam para o ocidente e para o centro do país.

A Amnistia Internacional recebeu a informação que, no dia 30 de Março na cidade de Guiglo (a 600 kms de Abidjan), elementos das forças armadas leais a Laurent Gbagbo, incluindo mercenários liberianos, mataram e assassinaram vários civis, tendo também queimado e saqueado casas.

“O agravamento deste conflito e o aumento da confiança em mercenários e recrutas sem treino significa que existe um grande risco de massivas violações de direitos humanos nos próximos dias à medida que as forças republicanas avançam para Abidjan” afirmou Salvatore Saguès.

No dia 19 de Março, o Ministro da Juventude do governo de Gbagbo, Charles Blé Goudé, apelou aos membros do movimento Jovens Patriotas para que se voluntariem como milícias para ‘libertar’ o país. Este movimento anunciou que recrutou aproximadamente 20 mil pessoas.

A Amnistia Internacional também recebeu relatórios de ataques de retaliação contra civis cometidos por ambas as facções na cidade de Duékoué.

Fontes locais disseram à delegação da Amnistia Internacional na Costa do Marfim que viram corpos na cidade de Duékoué. Dezenas de milhares de civis estão refugiados na Missão Católica nesta cidade, sem comida, água nem condições sanitárias e cuidados médicos.

No dia 29 de Março as forças republicanas mataram Jean Louana, director de campanha de um dos actuais ministros nomeados por Laurent Gbagbo, assim como um pastor de uma igreja evangélica juntamente com oito membros da sua congregação.

As forças de Laurent Gbagbo foram responsáveis pelo assassinato de um imã muçulmano do Burkina Fasso, no dia 28 de Março de 2011 em Duékoué.

A Amnistia Internacional apela a ambas as facções do conflito para respeitem o direito humanitário internacional e para que

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