7 Fevereiro 2012

A decisão da Rússia e da China em vetar a proposta de resolução do Conselho de Segurança da ONU que condena a repressão violenta vivida na Síria, um dia depois de o exército sírio ter levado a cabo uma ofensiva na área residencial de Homs que resultou em dezenas de mortos, representa uma traição chocante ao povo daquele país.

“É um uso completamente irresponsável do poder de veto por parte da China e da Rússia”, afirma Salil Shetty, secretário-geral da Amnistia Internacional. “É chocante que tenham impedido a aprovação de uma resolução que por si só já era bastante fraca. Depois de uma noite em que o mundo inteiro assistiu ao sofrimento do povo de Homs, a ação destes membros é particularmente chocante.”

O Conselho de Segurança não intervinha no conflito sírio desde o começo dos protestos em março de 2011, com exceção para uma declaração presidencial que condenava as violações dos direitos humanos emitida em agosto de 2011.

A Amnistia Internacional irá continuar a pressionar os membros do Conselho de Segurança a remeter a situação da Síria para o Tribunal Penal Internacional, impondo um embargo de armas abrangente no país e defendendo o congelamento dos bens de Bashar al-Assad e de outros altos funcionários.

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