4 Julho 2013

Na sequência da destituição do Presidente Morsi, a Amnistia Internacional está a apelar às forças de segurança, incluindo ao Exército, que façam tudo ao seu alcance para proteger os direitos humanos e a segurança de todos no Egito, independentemente da sua afiliação politica.

A polícia e as forças armadas egípcias têm um historial documentado de violações de direitos humanos que não se deve repetir. O exército afirmou que vai lidar com os atos de violência com “força e determinação”.

“Numa altura de grande tensão e estando a constituição suspensa, é fundamental que os militares atuem de forma a respeitar as normas ao abrigo da legislação internacional de direitos humanos, com as quais o Egito se comprometeu”, diz Salil Shetty, Secretário Geral da Amnistia Internacional.

“Já se verificaram taques à liberdade de expressão com vários canais de televisão fieis ao presidente a serem silenciados e os seus funcionários a serem presos imediatamente após o golpe. Também existe o receio de possíveis represálias e ataques a apoiantes do presidente Morsi, ao mesmo tempo que também se verifica uma tendência preocupante de violência coletiva e de ataques de natureza sexual sobre as mulheres, é necessário ter prudência”.

“Ninguém deve ser punido pelo exercício pacífico do seu direito à liberdade de expressão, associação e reunião. Qualquer pessoa detida deve ser acusada de uma ofensa criminal reconhecível ou deve ser libertada de imediato. As forças de segurança devem abster-se do uso excessivo e desnecessário da força,” diz Salil Shetty.

Neste momento a Amnistia Internacional tem observadores no Egito a monitorizar a situação.

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